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Nova marca chinesa de elétricos de luxo, Seres, ganha site brasileiro
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Nova marca chinesa de elétricos de luxo, Seres, ganha site brasileiro

Pertencente a fabricante de celulares Huawei, Seres terá os SUVs Seres 3 BEV, Seres 5 EVR e Seres 7 no Brasil; dois deles já estão em esquema de reservas

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

04 de set, 2022 · 5 minutos de leitura.

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elétricos
SUV elétrico 3 já estava em esquema de pré-vendas desde meados do ano passado
Crédito:Seres/Divulgação

A invasão chinesa vem com tudo em 2022. Agora, mais uma marca está prestes a iniciar suas ações de vendas no Brasil, a Seres Motors. E a coisa está tão engrenada que a marca – debaixo do guarda-chuva da fabricante de celulares Huawei – já tem até site. Por ora, a marca vai trabalhar com os modelos Seres 3, Seres 5 e Seres 7. Os preços, entretanto, ainda seguem sob sigilo. Com chegada em breve, os dois primeiros já se encontram em esquema de reservas.

A princípio, o primeiro deles, Seres 3 BEV, é um SUV compacto com motorização elétrica que gera 163 cv e 30,6 mkgf de torque, com tração traseira. O conjunto promete aceleração de zero a 100 km/h em 8,9 segundos. Já a velocidade máxima fica em 160 km/h.

Seres
Seres/Divulgação

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Com um pacote de baterias de íon de lítio de 53 kWh, o Seres 3 promete autonomia de até 300 km no ciclo europeu WLTP. Em carregadores de 50 kW, o tempo de recarga – de 20% a 80% – é de 38 minutos. A recarga residencial completa, com carregador de 7 kW, leva 7 horas e 30 minutos.

Em medidas, são 4,39 metros de de comprimento, 1,85 m de largura e 1,65 m de altura. O entre-eixos não consta no site. Já no porta-malas, de acordo com a marca, cabem 526 litros.

Recheio promete

Até o momento, sabe-se que o SUV conta com seis airbags, assistência de partida em rampas e controlador de velocidade. Tem, ainda, três modos de condução (Comfort, Eco e Sport). A central multimídia tem tela de 10,25″ e há tecnologias como câmeras 360º e carregamento de celular sem fio, por exemplo. As rodas têm 18″ e calçam pneus 225/55.


Seres/Divulgação

Seres 5 EVR e Seres 7

O Seres 5 EVR, entretanto (SF5 lá fora) tem versões com tração 2WD e 4WD. Assim, o conjunto mecânico é formato por dois ou quatro motores elétricos aliados a um 1.5 a gasolina (de 101 cv) que funciona como gerador de energia para as bateiras.

Seres
Seres/Divulgação

Na versão de entrada, os dois motores elétricos posicionados no eixo traseiro chegam a 347 cv e 53 mkgf de torque. Já o modelo topo de linha extrai 550 cv dos quatro motores elétricos e um torque de 83 mkgf. Nesse sentido, os dados de aceleração ficam em 0 a 100 km/h 6,8 segundos com 180 km/h de velocidade máxima e 4,7 segundos até 210 km/h.

O SUV, portanto, roda até 180 km (ciclo NEDC) com baterias cheias. Isso, todavia, pode variar, dependendo da versão, e alcançar 700 km a 1.000 km, com a ajuda do gerador.

Seres/Divulgação

No total, o Seres 5 EVR tem 4,70 m de comprimento e leva até 367 litros no porta-malas. Por fim, na lista de equipamentos, uma enorme tela central com 17″ polegadas, bancos elétricos com resfriamento, aquecimento e massagem, teto solar panorâmico e rodas de liga leve com 19″.

O Seres 7 que chegará ao Brasil, contudo, não teve informações reveladas pela fabricante. Por ora, sabe-se que o elétrico chegará imponente, tanto no visual (com rodas de até 23″) quanto na potência, afinal, tem 700 cv. Seu formato de carroceria segue a tendência SUV-cupê.



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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”