O modelo de entrada da Tesla, o Model 3, está prestes a receber mudanças para custar menos. Trata-se de uma “atualização de meio de vida”, muito comum na indústria. É quando um produto não muda completamente, mas pode receber atualizações importantes para ser reposicionado no mercado, como parece ser o caso em questão.
A versão remodelada tem até codinome interno, “Highland”. E a repaginada seguirá o padrão que já foi aplicado em outras atualizações de produtos da marca, com no sedan Model S e no crossover Model X. Ou seja, haverá mudanças no interior e no exterior do Model 3.
Ainda não há detalhes sobre a nova aparência. Mas, a julgar pelas mudanças no Model S em 2021 – quando o sedã passou a exibir linhas mais marcadas -, é possível que o Model 3 passe a ostentá-las também. Inclusive, pode se valer da recente “prensa gigante” adotada pela Tesla na linha de montagem da picape Cybertruck, o que reduziria os custos de produção.
Painel sem botões
Por dentro, a cabine deve receber doses ainda maiores de minimalismo, novamente para cortar custos. A enorme tela que concentra todos os comandos do carro no centro do painel será mantida, mas receberá atualizações. Um dos principais do equipamento é a compatibilidade com jogos de videogame, um diferencial, portanto, da marca do bilionário Elon Musk.
Por falar nisso, a clientela da Tesla está cada vez mais disputada. Isso porque o mercado de carros elétricos tem crescido não só em volume, bem como na oferta de modelos. Em especial na China, segundo maior mercado da Tesla, atrás apenas dos EUA.
Um efeito prático dessa maior concorrência é o fato de a Tesla ter baixado o preço do Model 3 em quase 10%. Mesmo assim, as vendas do modelo encolheram na China, com redução de 9% em relação ao mesmo período de 2021.
O Tesla Model 3 renovado e mais barato deve chegar somente na segunda metade de 2023. Enquanto isso, outros sedãs elétricos vêm conquistando bons números no mercado chinês, a exemplo do BYD Han, oferecido no Brasil desde abril deste ano.