A Chery, montadora chinesa parceira do Grupo Caoa no Brasil, vai investir US$ 400 milhões (cerca de R$ 2,05 bilhões) para construir uma fábrica de carros elétricos e baterias na Argentina. De acordo com o jornal chinês Global Times, a Embaixada da Argentina na China divulgou as informações em uma rede social chinesa. Em seguida, um representante da Chery viajará à Argentina para definir plano de construção, local e parceiros.
Fábrica da Chery vai fazer até 100 mil carros elétricos por ano
Por enquanto, o que se sabe é que a Chery já tem uma parceria com a Gotion High tech Co. Trata-se de uma empresa chinesa de baterias que tem base de operações no norte da Argentina. Nesta região, o país vizinho tem uma zona de extração de lítio. E o governo argentino pretende, portanto, explorar o local nos próximos anos para alavancar a economia do país.
Dessa forma, a Gotion High tech deve abastecer não só a nova unidade da Chery, bem como outras fábricas na Ásia e Europa. E com isso, a Chery espera que a Argentina, junto com a fábrica da Caoa Chery em Anápolis (GO), no Brasil, abasteçam a América Latina. A montadora chinesa projeta gerar 6 mil empregos diretos com a fábrica e, a partir de 2030, produzir 100 mil veículos elétricos por ano.
Expansão de planos de eletrificação
A Chery é atual líder na produção de carros de passeio na China, bem como a segunda montadora no ranking geral de emplacamentos. Em 2022, foram 452 mil veículos exportados de lá para várias partes do mundo, incluindo o Brasil.
Aqui, onde a Caoa Chery produz na fábrica de Anápolis (GO), foram 35.035 unidades entregues em 2022, conforme dados da Fenabrave. Nos últimos meses, a empresa não só ampliou a oferta de modelos eletrificados, como registrou quatro novos carros elétricos no País. Entre eles o SUV Omoda 8 (abaixo), cotado para estrear uma nova linha de SUVs.
Caoa Chery iCar pode ser o elétrico feito na Argentina
Ainda é cedo para estabelecer que carros serão feitos no país vizinho com a nova fábrica. Mas certamente o Caoa Chery iCar, que estreou em 2022 no Brasil, é um forte candidato a ganhar produção na Argentina. O pequeno hatch tem, por exemplo, construção superleve e carroceria feita com alumínio e plástico de engenharia. Além disso, é hoje um dos carros elétricos mais acessíveis do Brasil. Ou seja, é simples e mais barato para ter volume e preço.