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Volvo EX30, novo SUV elétrico, tem preço de Honda CR-V nos EUA
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Volvo EX30, novo SUV elétrico, tem preço de Honda CR-V nos EUA

SUV elétrico da Volvo custa cerca de R$ 170 mil nos Estados Unidos, valor próximo ao Honda CR-V Hybrid, de R$ 160 mil; no Brasil, preço deve rondar os R$ 230 mil

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

16 de jun, 2023 · 4 minutos de leitura.

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Volvo EX30 SUVs elétricos mais baratos Carro Mundial do Ano
Volvo EX30 chegaria ao Brasil em maio, mas deve ficar para junho
Crédito:Vagner Aquino/Especial para o Estadão

Conforme noticiado pelo Jornal do Carro durante a estreia mundial do EX30, a Volvo pede média de 36 mil euros pelo SUV elétrico no mercado europeu. No Brasil, ainda não se sabe quanto vai custar. Porém, de acordo com os executivos da montadora sueca durante o evento de apresentação, quando chegar (em 2024) deve rondar os R$ 230 mil. E a promessa deve se concretizar, afinal, nos Estados Unidos, o modelo tem preço de Honda CR-V.



No mercado norte-americano, o Volvo EX30 parte de US$ 34.950 (quase R$ 170 mil, na conversão direta). As reservas já são aceitas, com um depósito de US$ 500 (pouco mais de R$ 2.400). É apenas um pouco acima do CR-V Hybrid – chegará ao Brasil ainda neste ano -, que não sai por menos de US$ 32.950 (R$ 159,6 mil). Preços informados nos sites das montadoras nos EUA.

Honda CR-V (Honda/Divulgação)

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Preço pode deixar de ser empecilho

Com tal iniciativa, a ideia da Volvo é baixar a régua e, desse modo, conquistar a clientela que ainda não ingressou no universo dos elétricos por conta do preço alto. Não dá para falar em “popularização”, mas talvez, em um caminho um pouco mais concreto rumo à disseminação de modelos movidos a baterias.

Durante entrevista com a imprensa brasileira em Milão (Itália) – palco da estreia do EX90 -, os executivos afirmaram que pretendem, no Brasil, tirar até clientes da Jeep. Ou seja, o objetivo consiste em não só trazer novos consumidores para o universo dos elétricos, mas também para o segmento premium. Afinal, isso atingirá diretamente marcas como Audi, BMW e Mercedes-Benz, por exemplo, que não têm modelos elétricos nessa faixa de preço.

Volvo EX30
Volvo EX30 (Volvo/Divulgação)

Para conseguir esse destaque, portanto, a Volvo se beneficia da redução de custo na produção. Em síntese, a marca sueca usa a plataforma elétrica SEA (Sustainable Experience Architecture) da chinesa Geely – detentora da marca. Assim, aproveita a estrutura fabril chinesa para reduzir os gastos no processo produtivo.

Com preço baixo e tecnologia de ponta, o Volvo EX30 propõe um desafio ao consumidor. Afinal, pelo mesmo preço, vale mais levar um SUV com motor a combustão ou um SUV de mesmo porte com motorização 100% elétrica?

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.