Conforme prometido no início do ano, a BMW acaba de lançar o sedã i7 no Brasil. A sétima geração do sedã está chegando gradativamente às concessionárias da marca no País por R$ 1.282.950, em versão única de acabamento, a xDrive60 M Sport. Assim, torna-se o modelo mais caro da fabricante alemã no País. E não é para menos, afinal, o luxo está presente por todos os lados. Isso, inclusive, leva os executivos locais a compará-lo com modelos da Rolls-Royce – marca de hiper luxo que não é vendida por aqui, mas faz parte do Grupo BMW.
A ideia da BMW é atrair os (muito) endinheirados para o mundo da eletrificação. Assim, o i7 xDrive60 conta com dois motores elétricos. Um em cada eixo. Em números, o i7 gera 544 cv de potência. Já o torque fica em 75,9 mkgf. Na prática, faz de zero a 100 km/h em 4,7 segundos. Tem, por fim, velocidade máxima de 240 km/h. O peso do veículo passa das 2,7 toneladas.
Segundo a BMW, o i7 rende autonomia de 479 km, de acordo com medições do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), do Inmetro. Isso, graças à bateria de 101,7 kWh de capacidade. Por falar nisso, para quem levar o sedã para casa, a BMW dá, de brinde, três carregadores (dois BMW Wallbox, de 22 kW, e o Flex Charger, de 11 kW).
Visual
Esteticamente, o i7 é a prova de que a BMW resolveu abandonar o estilo tradicional – como já visto no SUV iX, por exemplo. Ousado, o sedã segue o exagero da nova identidade visual da fabricante bávara, com faróis à lá Fiat Toro – principais abaixo de luzes DRL. Mas não é qualquer coisa, afinal, a iluminação aqui tem cristais Swarovski nas luzes diurnas. A grade continua ao estilo duplo rim. Mas está maior. Bem maior! Pegando boa parte do para-choque, inclusive. E as bordas do conjunto vêm com iluminação.
O capô é longo, a traseira tem estilo retrô, com lanternas finas (que invadem a tampa do porta-malas, de 500 litros) e o contorno da coluna C lembra bastante os modelos de décadas passadas. As rodas têm 21 polegadas. E, cabe salientar, ambos os eixos são direcionais.
Em medidas, tem 5,39 metros de comprimento, 1,95 m de largura, 1,54 m de altura e 3,21 m de entre-eixos. E é, justamente, neste espaço que o i7 traz suas maiores inovações. O interior se destaca pelo extremo luxo, algo ainda inédito no mercado local. Tem couro para todos os lados e até detalhes em cristal, como teclas para comandos elétricos dos bancos e botão giratório central. No total, tem cinco telas. Duas delas, na dianteira (12,3″ para o quadro de instrumentos e 14,9″ para central multimídia).
Primeira classe
E, na parte de trás, a cereja do bolo. O sedã tem, ali, uma sala de cinema. Com conforto digno de primeira classe de avião, o i7 tem poltronas (com massagem e diversos tipos de regulagem) e uma tela de 31 polegadas desce do teto e é capaz de reproduzir conteúdos em vídeo, app de streaming e até acoplar videogames. A resolução é 8K e tem Amazon Fire TV. No pacote, a marca oferece 20 GB por mês em dados durante um ano. Tem conexão 5G já de série. O sistema de som de 2.000 watts de potência é da marca Bowers & Wilkins.
E não para por aí, afinal, há ainda duas telas (de 5,5″ cada) acopladas aos puxadores das portas traseiras. É por elas que os passageiros traseiros comandam funções, como sistema de ar-condicionado, abertura e fechamento das persianas, reclinação e massagem das poltronas (a da direita reclina por completo, empurrando o banco do passageiro dianteiro para a frente), bem como funções da própria tela de 31″ – que é touchscreen.
As portas, aliás, abrem e fecham sozinhas, ao simples toque de um botão. E o teto vem ao estilo Rolls-Royce. Não tem estrelas, mas formas geométricas que fazem toda a diferença no habitáculo – principalmente, à noite. Por fim, o i7 tem recursos semiautônomos de nível 3, como controle adaptativo de velocidade, manutenção em faixa e funções como estacionamento por controle remoto, por exemplo. Faróis de LEDs automáticos e com tecnologia Matrix também estão no pacote.
Pensando bem, não sai caro. Afinal, tem muito carro por aí que custa mais de R$ 1 milhão, mas além de não oferecer tamanho luxo, certamente, consome mais. Afinal, a autonomia do i7 só perde para o iX no Brasil.
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