O mercado de carros elétricos no Brasil está em franca expansão, e as novidades não param de chegar. Seja no mercado de hatches de entrada, sedãs ou mesmo SUVs, modelos movidos a bateria criam cada vez mais interesse no público, e por sua vez, dúvidas.
Por que um carro elétrico é mais caro do que um modelo a combustão? Quais são as opções mais baratas do País? Quanto tempo dura em média uma bateria? Assim, pensando nisso, nós do JC reunimos cinco perguntas feitas pelo público, no Google, sobre veículos elétricos, e fomos atrás das respostas.
Qual é o carro elétrico mais barato do Brasil?
Essa nós mesmos respondemos. Em matéria feita pelo JC em junho deste ano, ranqueamos os 10 veículos elétricos mais acessíveis do País, mas, atualmente, quem leva a coroa do mais barato é o Caoa Chery i-Car. O sub-compacto de apenas dois lugares oferecido pela Caoa Chery custa ao consumidor R$ 119.900, por exemplo. Apesar de barato, o modelo disputa mercado com modelos maiores, como o JAC E-JS1 e o BYD Dolphin, pelo posto de modelo mais em conta entre os elétricos de entrada.
Por que carros elétricos são tão caros?
Quem acompanha o mercado, já deve ter percebido que até mesmo o mais barato dos elétricos no Brasil não custa menos de R$ 100 mil reais, e isso tem um porquê. Para Wanderlei Marinho, da Comissão Técnica de Veículos Elétricos e Híbridos da SAE Brasil, o preço final de um elétrico no País acaba maior por dois motivos, e um deles é o fato de ser importado, por exemplo.
“O carro elétrico atualmente tem um valor maior do que um carro a combustão, usando como referência o Brasil, por duas razões. A primeira delas é a fabricação externa, mas ainda que fosse lá fora, o preço do elétrico também é mais elevado por conta da bateria, que custa até US$ 110 por kW”, afirmou. Além disso, ele complementa dizendo que a tendência é que em 2025 para 2026, os preços entre um elétrico e um carro a combustão, de mesmo nível, sejam equivalentes.
Quanto tempo dura a bateria de um carro elétrico?
Segundo Marinho, os valores dependem do uso do veículo, e podem chegar entre 8 a 10 anos. A partir daí, a bateria é reutilizada para outros propósitos, como uso em no breaks ou como powerbanks, por exemplo. Contudo, fizemos a mesma pergunta também à General Motors do Brasil, que disse o seguinte: “A bateria dos veículos elétricos possuem sistemas próprios de gerenciamento da carga e de controle da temperatura, que contribuem para manter uma excelente performance durante a vida útil do veículo. Estudos da GM apontam que baterias produzidas pela empresa chegam a ter eficácia entre 80% e 90% após 200 mil quilômetros rodados, equivalendo a mais de 10 anos de uso do veículo”.
Quais os problemas mais comuns em carros elétricos?
Um dos fatores que certamente preocupam o futuro proprietário de um carro elétrico é a manutenção. Dentre as diferenças para um modelo a combustão, um elétrico não precisa lidar com os mesmos reparos e troca de componentes no motor, por exemplo. Segundo a GM, veículos elétricos tem manutenção programada mais acessível, por não ter troca de óleo, velas, filtro de combustível ou escapamento. Além disso, isso também afeta de maneira positiva o custo total de propriedade, soma entre valores de compra, seguro, combustível e outros.
Segundo a SAE Brasil, a previsão é que o proprietário de um carro elétrico tenha menos problemas de manutenção em relação a um veículo a combustão, pois no elétrico há menos componentes utilizados, principalmente em seu sistema de propulsão, por exemplo. Assim, isso se traduz em baixa manutenção, significando um custo de mantenimento do veículo também baixo.
É vantagem comprar um carro elétrico?
Para responder a essa pergunta, no entanto, é preciso ponderar alguns pontos. Para quem mora em cidades, a compra é vantajosa, segundo o representante da SAE Brasil. Nessas regiões, há um número maior de eletropostos, em que se pode recarregar o veículo fora de casa, por exemplo. Para a GM, a questão da sustentabilidade também é válida. Segundo a montadora, um veículo elétrico é, em média, 50% mais sustentável que outro híbrido flex, por exemplo.
Entretanto, é preciso equacionar o que o futuro proprietário considera mais importante na hora de adquirir um carro elétrico. Autonomia, custo de utilização, rede de assistência técnica, impacto ambiental, são fatores variados. De modo geral, questões como preço de compra e tipo de utilização (se urbana ou rodoviária) acabam sendo preponderantes na hora de decidir ou não por um elétrico.
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