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SUV Ford Mustang Mach-E elétrico chega ao Brasil com bom preço e autonomia
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SUV Ford Mustang Mach-E elétrico chega ao Brasil com bom preço e autonomia

Primeiro elétrico da Ford no Brasil, Mustang Mach-E chega com desempenho e visual do icônico muscle car para desafiar rivais de luxo

Diogo de Oliveira

16 de out, 2023 · 11 minutos de leitura.

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Ford Mustang Mach-E GT Performance
SUV e picape elétrica da Ford patinam nas vendas e encalham nas lojas
Crédito:Diogo de Oliveira/Estadão

Quase três anos depois de estrear nos Estados Unidos, o Ford Mustang Mach-E está entre nós. O crossover desembarca do México para ser o primeiro carro elétrico da montadora no País. O motivo da demora é que o SUV a bateria, lançado no fim de 2020, é atualmente um dos elétricos mais vendidos do mercado norte-americano. No ranking, aparece atrás apenas dos Tesla Model 3 e Model Y, atuais líderes de vendas globais do segmento.

Pois o Mustang Mach-E chega aqui com preço de R$ 486 mil e disponível somente na versão topo de linha GT Performance. Com o modelo, a Ford planeja concorrer não apenas contra SUVs elétricos de marcas premium, como BMW iX3 e Volvo XC40, mas também com modelos esportivos, como Audi e-tron GT, BMW i4 e até o Porsche Taycan. Para isso, o Mustang Mach-E combina dois motores elétricos, tração integral e um pacote de bateria robusto.



Ford Mustang Mach-E GT Performance
Diogo de Oliveira/Estadão

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O pacote da versão GT Performance, segundo a Ford, coloca o crossover elétrico em vantagem perante os rivais. Por exemplo, o modelo tem como diferenciais rodas de liga leve de 20 polegadas, teto solar panorâmico (o maior disponível em um Ford), bancos dianteiros esportivos e o emblema GT na traseira. Para reduzir peso, o Mustang Mach-E tem a tampa traseira feita de material plástico mais leve e o capô de alumínio. E vem de fábrica com freios de alto desempenho da italiana Brembo.

Mustang Mach-E tem 487 cv e boa autonomia

Com entregas em até 60 dias a partir desta segunda-feira (16), o Ford Mustang Mach-E faz valer o visual de muscle car – que, aliás, é um destaque no modelo. O seu conjunto elétrico reúne dois motores instalados um em cada eixo, o que lhe fornece tração integral. Ao todo, segundo a Ford, são 487 cv de potência máxima, mais que os 483 cv gerados pelo motor 5.0 V8 Coyote a gasolina, que equipa o cupê Mustang Mach 1.

Diogo de Oliveira/Estadão

Mas o que garante a aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 3,7 segundos é o torque máximo parrudo de 87,6 mkgf, que é entregue no Mustang elétrico de forma imediata. Para comparação, no Mustang V8 o torque chega a 56,7 mkgf a 4.900 rpm. Mas o melhor é que, mesmo com o desempenho de esportivo, o Mach-E consegue entregar números surpreendentes de autonomia. Segundo o Inmetro, são 379 km de alcance com a bateria de 91 kWh 100% carregada.

Mas, no ciclo global WLTP, o Mustang Mach-E é ainda melhor e alcança 541 km de autonomia com a carga completa. O seu pacote de baterias de íons de lítio, que fica instalado sob o assoalho, tem 12 módulos e pesa 596 kg. O componente é fornecido pela LG e tem garantia de fábrica de 8 anos ou 160 mil km, mesma cobertura dada aos dois motores e aos sistemas de alta voltagem do conjunto elétrico. Para o carro, são 3 anos de garantia sem limite de quilometragem.

Ford Mustang Mach-E GT Performance
Diogo de Oliveira/Estadão

Por dentro, Mustang Mach-E é bem acabado e moderno

Além de trazer um conjunto elétrico poderoso, o Ford Mustang Mach-E também impressiona na cabine. O crossover elétrico tem painel de visual limpo e moderno, assim como materiais agradáveis e sofisticados. Há, por exemplo, partes das portas e do painel cobertos com couro, camurça e tecido. Entretanto, o destaque visual fica com a enorme tela de 15,5 polegadas do sistema multimídia, em disposição vertical e com um botão físico na parte inferior.

Já o display atrás do volante tem 10,2″ e traz informações do computador de bordo, bem como o status da bateria. Outro destaque a bordo do Mustang Mach-E é o espaço. Na frente, o crossover elétrico tem um seletor eletrônico e giratório do câmbio e uma grande bandeja com um carregador de celular sem fio para smartphones. Já atrás o SUV tem bom espaço para três adultos, garantido pelo generoso entre-eixos de 2,98 metros. Há ainda dois compartimentos para malas. O traseiro tem 402 litros, enquanto o dianteiro, onde ficaria o motor V8, tem 139 litros.

Diogo de Oliveira/Estadão

Entre os equipamentos, o Mustang Mach-E traz como destaque o sistema de conectividade FordPass, que permite o uso do celular como chave remota, por exemplo. E tem mais: no SUV elétrico é possível acompanhar dados do carregamento da bateria em tempo real, bem como programar a recarga e até preparar a bateria para melhor eficiência ao sair. A versão GT Performance ainda tem som Bang & Olufsen, faróis Full-LEDs, bancos elétricos, porta-malas com abertura por movimento, câmera 360º, bem como um pacote de segurança bastante completo e repleto de assistentes semiautônomos. Por fim, tem um item diferenciado no modelo: há um 9º airbag entre os bancos dianteiros.

Diogo de Oliveira/Estadão

Mustang Mach-E tem modos de condução e até som de motor

Para o condutor, o Mustang Mach-E oferece três modos de condução: Whisper, Engage e Unbridled. Este último é voltado ao desempenho e, portanto, o mais esportivo – e simula o ronco de um motor a combustão. Além disso, o multimídia de 15,5″ mostra o tráfego em tempo real, bem como a rota em nuvem. O sistema é compatível com Waze, Alexa (da Amazon), Pandora, Domino’s e Accu Wheater (aplicativo de previsão do tempo).


Sem maçanetas e com disfarce no teto

Com estilo que remete claramente ao clássico Ford Mustang, o elétrico Mustang Mach-E tem algumas soluções diferentes e curiosas. Por exemplo, o SUV a bateria não tem maçanetas nas portas dianteiras e traseiras. A abertura em ambas é feita eletronicamente por botão. Assim, basta pressionar que as portas destravam. Outro detalhe interessante é o teto com um ressalto na porção traseira, que ajuda a ampliar os vãos para cabeças no banco traseiro.

Diogo de Oliveira/Estadão

Dessa forma, quando visto de lateral, o Mustang Mach-E destaca a linha de cupê com o teto que desce em diagonal na direção das lanternas. Entretanto, trata-se de um truque visual muito interessante e bem feito, que deixa o crossover com perfil semelhante ao do icônico muscle car. Seja como for, a silhueta veloz e a ausência de maçanetas dá ao modelo um coeficiente de arrasto (Cx) de 0,29. Assim, ajuda a melhorar a eficiência do conjunto elétrico.


Ford Mustang Mach-E GT Performance
Diogo de Oliveira/Estadão

Mustang Mach-E vem de fábrica com carregador portátil

Para lançar o crossover elétrico no Brasil, a Ford anuncia que terá 50 concessionárias no País capacitadas a mexer no modelo. Ou seja, a montadora vai mobilizar quase a metade da sua rede atual, que tem 110 pontos de atendimento. Contudo, bastará ao cliente parar o SUV elétrico em uma loja da marca ou agendar o serviço a ser feito no aplicativo FordPass no celular. Aliás, o Mustang Mach-E tem as primeiras três revisões grátis.

Sobre o carregamento, o Mustang Mach-E vem de fábrica com um carregador portátil em corrente alternada com potência de 7 kWh. Com ele, são 14 horas para completar 100% da bateria. Entretanto, a Ford, em parceria com Weg e Enel, vai recomendar a instalação de carregador de parede (Wallbox) com 11 kWh de potência. Com este equipamento, o tempo de recarga completa da bateria cai para cerca de 9 horas, ou seja, bastará deixá-lo carregando à noite.


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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.