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GWM Poer: picape híbrida rival da Hilux pode ter mudanças no Brasil
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GWM Poer: picape híbrida rival da Hilux pode ter mudanças no Brasil

Lançamento da GWM Poer tem chance de atrasar por conta das alterações; Haval H6 nacional pode estrear primeiro

Thais Villaça, Especial para o Jornal do Carro

07 de nov, 2023 · 5 minutos de leitura.

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GWM Poer
Fábrica da GWM no Brasil deve iniciar operações em maio
Crédito:GWM/Divulgação

Com a fábrica no Brasil prestes a iniciar as operações (a previsão de inauguração é maio de 2024), a GWM tem uma decisão importante a tomar. Tudo indicava que o primeiro modelo a ser produzido no País seria a picape híbrida plug-in Poer, mas os planos podem mudar.

Segundo o colunista do UOL Jorge Moraes, a montadora levou concessionários para conhecer a Poer na China. Mas os empresários não ficaram satisfeitos com o estilo do modelo. Dessa forma, sugeriram mudanças no visual para se adequar ao gosto dos brasileiros. Mas isso pode atrasar o lançamento da picape híbrida no Brasil.



GWM Haval H6 Premium HEV
GWM/Divulgação

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GWM Poer pode dar espaço ao Haval H6

Isso abriria espaço para a antecipação da nacionalização do Haval H6, já prevista pela fabricante mais à frente. O SUV tem se destacado nas vendas por aqui, com 1.450 emplacamentos somente no mês de outubro. Por isso, pode se tornar o primeiro GWM a sair da linha de montagem brasileira em Iracemápolis (SP).

A princípio, o conjunto dos dois veículos será comum: motor 1.5 turbo em conjunto com dois elétricos (um em cada eixo) que entregam, juntos, 393 cv e 77,7 mkgf de torque (que deve receber uma evolução na picape). Além disso, uma versão de entrada da Poer com mecânica do Haval H6 HEV. Ou seja, sem tomada de carregamento externo e apenas um motor elétrico, com potência combinada de 243 cv.

Outra possibilidade é que a picape chinesa receba um conjunto híbrido com motor 2.0 flex. Por ora, nada foi oficializado ainda.


Porém, se a GWM mantiver a estreia da Poer para o no segundo semestre do ano que vem, ela deverá ser a primeira picape híbrida feita no Brasil. Hoje há apenas uma caminhonete eletrificada vendida aqui: a Ford Maverick. Importada do México, a Maverick Hybrid combina motor 2.5 a um elétrico para gerar 193 cv. Mas elas não serão rivais diretas, já que a chinesa tem dimensões maiores, mais compatíveis com as da Ranger.

Ford Ranger
Ford/Divulgação

Picapes bombando

O mercado de picapes está superaquecido no Brasil e a tendência é continuar pelo menos nos próximos dois anos. Neste ano chegaram aqui a inédita Ram Rampage, a nova Chevrolet Montana e grandalhonas como a Ford F-150 e a Chevrolet Silverado. Fiat Titano é outra que deve dar as caras nos próximos meses. Além disso, picapes médias veteranas começam a se renovar. É o caso da Ranger, lançada aqui em sua terceira e moderníssima geração há poucos meses. A S10 também deve mudar em breve. Já uma nova geração da Toyota Hilux chega apenas em 2026. 


Como prova de que o consumidor brasileiro é fã da caminhonetes, atualmente o veículo mais vendido do Brasil é a Strada. A picape compacta emplacou quase 12 mil unidades em outubro e já acumula 98.511 vendas em 2023.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.