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Tesla prepara elétrico barato para disputar com o BYD Dolphin
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Tesla prepara elétrico barato para disputar com o BYD Dolphin

Futuro Tesla Model 2 será um compacto elétrico que deve chegar ao mercado em 2025 por um preço médio de US$ 25 mil

Thais Villaça, Especial para o Jornal do Carro

12 de nov, 2023 · 6 minutos de leitura.

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BYD-Dolphin-Divulgação-BYD
BYD Dolphin seria um dos rivais do futuro Tesla Model 2
Crédito:BYD/Divulgação
BYD Dolphin e GWM Ora 03são os modelos de entrada das novas chinesas

Já faz alguns anos que Elon Musk, CEO da Tesla, promete que fará um carro elétrico de entrada. Mas ao que tudo indica, os planos devem se tornar realidade em 2025. O veículo terá porte de BYD Dolphin que, apesar de não ser vendido nos EUA, tem feito um estrondoso sucesso mundo afora. O compacto chinês já vende mais de 1.000 unidades por dia se somados todos os mercados onde está disponível, Brasil incluso.

Possivelmente batizado de Tesla Model 2, o carro seria fabricado, a princípio, na unidade Giga Factory de Monterrey (México). Mas existe a possibilidade de o compacto ser produzido em Berlim, que já funciona desde É a mesma linha de montagem de onde sai o Model Y para o mercado europeu. 

Contudo, a ideia é que o futuro popular seja feito também na Índia. Isso porque o executivo vem negociando com o governo local para construir uma fábrica no País que produzirá um modelo na faixa de preço de US$ 25 mil (pouco mais de R$ 122 mil na conversão direta).

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Projeções mostram como seria o futuro Tesla Model 2 (Reprodução)

O que se sabe sobre o Tesla Model 2

Atualmente o carro mais barato da Tesla é o Model 3, que parte de US$ 42.990 (cerca de R$ 211 mil) nos EUA. Mas a expectativa é de que o Model 2 chegue ao mercado com preço variando entre US$ 25 mil e US$ 35 mil, dependendo da versão e autonomia.

As informações, porém, são bem escassas. O que foi divulgado até o momento é que o carro será feito em uma plataforma totalmente nova, que custará metade dos valores das arquiteturas de Model 3 e Model Y. De acordo com Musk, o compacto também terá processos de manufatura e design mais simplificados em relação aos atuais carros da marca. Tudo com a intenção de cortar custos e atingir maior volume de produção.


BYD Han
Atualmente, sedã de luxo Han é o único carros da BYD vendido nos EUA (BYD/Divulgação)

Oportunidade para a BYD

Se os planos do excêntrico milionário realmente se concretizarem, é uma oportunidade de ouro para BYD vender seu Dolphin para os norte-americanos. Hoje, além de ônibus, caminhões e até monotrilhos elétricos, a marca chinesa só vende o sedã de luxo Han nos EUA. 

Por ser um mercado muito maior que o brasileiro, por exemplo (previsão é de 15 milhões de unidades licenciadas em 2023), o Dolphin poderia ser um rival de peso para o Model 2. Se por aqui o modelo já vendeu 1.036 unidades em outubro, nos EUA o potencial será enorme. Mesmo que os gringos de lá prefiram carros de grande porte.


Tesla no Brasil?

A Tesla também planeja começar suas operações na América do Sul. Mas não será pelo Brasil. A montadora já registrou a marca Tesla Chile SpA há pouco mais de um mês. Isso porque o Chile tem uma das maiores reservas de lítio do mundo, matéria-prima para a fabricação de baterias. Além disso, há pouca tradição de carros elétricos naquele mercado.

Essa ação não significa necessariamente que a Tesla construirá uma fábrica no País. Mas o registro indica que há planos para que a empresa comece a atuar na região. Se a fábrica realmente for construída por lá, é bem provável que a unidade abasteça outros mercados no continente, como o Brasil.

Mas ainda é muito cedo para criar qualquer expectativa. Só que uma outra montadora que também falou sobre planos de ter uma fábrica chilena recentemente. Já sabe qual, né? Sim, a BYD.


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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.