Você está lendo...
VW Golf 50 anos: relembre as oito gerações do hatch ícone da marca
SUMMIT MOBILIDADE: Clique e garanta o seu ingresso promocional Saiba Mais
Antigos

VW Golf 50 anos: relembre as oito gerações do hatch ícone da marca

Hatch da Volkswagen faz 50 anos e definiu história da marca; gerações passadas do Golf fizeram sucesso no Brasil, e fazem falta até hoje

Rodrigo Tavares, especial para o Jornal do Carro

01 de abr, 2024 · 9 minutos de leitura.

Publicidade

VW Golf faz 50 anos e fez muito sucesso no Brasil
Crédito:VW/Divulgação

Um dos modelos mais icônicos da Volkswagen faz 50 anos de produção. Trata-se do hatch Golf, que chegou ao mercado alemão em março de 1974, e logo conquistou um lugar no mercado, e na cabeça dos fãs. Ao longo de oito gerações, o modelo mudou muito, com direito a versões esportivas memoráveis.

Atualmente, o hatch médio caminha para sua nona geração, podendo se tornar parte da linha de elétricos da VW, chamada I.D, mas isso é assunto para depois. Agora, você confere uma pequena viagem no tempo, desde seu início de produção, ainda nos anos 1970.



Publicidade


Com design feito por ninguém menos do que Gioretto Giugiaro, o primeiro modelo definiu linhas que serviriam de base para muitos modelos da marca, e ainda em sua primeira geração, trouxe aos olhos do público: a versão esportiva GTI. Para muitos, esse é considerado o primeiro “hot hatch”, esportivo compacto, lançado em 1976.

Seus 110 cv fizeram sucesso frente às versões comuns, e logo a concorrência tratou de adaptar-se, e nos anos 80, já tinha como principal rival o Escort XR3i, com injeção eletrônica (algo que só chegou no Brasil nos anos 1990). Contudo, ainda em 1979, a VW apresentou o Golf Cabrio, versão conversível que fez muito sucesso, e por anos permaneceu como o mais vendido do mundo.

Já nos anos 80, o modelo chegava à sua segunda geração, mas ainda construído utilizando a plataforma antiga. Maior e com visual arredondado, ganhou melhorias no interior, uma versão GTI mais potente (1.8 de 139 cv na Europa), além de itens de segurança, como ABS, airbags e até tração integral. Entretanto, é visto por alguns fãs como um patinho feio, por conta do visual.


Golf de terceira geração era o sonho de consumo dos anos 1990

VW/Divulgação

Já a terceira geração do modelo do Golf teve sucesso, principalmente no Brasil, onde desembarcou em 1993. Por aqui, o modelo chegava com a versão GTI, carroceria duas portas e motor 2.0, com 114 cv. Logo, em 1996, viria a versão VR6, com o famoso 2.8 V6 de 174 cv e 24 mkgf de torque.

Em 1997, o Golf chegava à sua quarta geração, que desembarcaria no Brasil em 1998. Chamada de “sapão” por conta da carroceria larga, bem diferente da anterior, tinha três versões, inicialmente vindas da Alemanha: 1.6 de 101 cv, 2.0 de 116 cv e a cobiçada versão GTI, com motor 1.8  turbo de 150 cv.


Volkswagen/Divulgação
Volkswagen/Divulgação

Em 1999, o modelo teria sua produção nacionalizada. Inclusive, com direito à carroceria duas portas com moto VR6 (99 unidades no Brasil) e 1.9 Turbodiesel, ambas destinadas à exportação. Além disso, também foi o primeiro modelo da VW a receber a transmissão automática de dupla embreagem (DSG), na versão esportiva R32.

Nesse momento, o Golf nacional distancia-se do projeto europeu. O modelo teve sua quarta geração prolongada por alguns anos, onde só retornaria renovado em 2016, em uma nova geração. A título de curiosidade, a mesma geração “4,5” também teve vendas no Canadá, por exemplo. 


Quinta e sexta gerações não vieram ao Brasil

A quinta geração do modelo, não oferecida no Brasil, tinha como destaque o visual renovado, mais enxuto, mantendo-se popular tanto na Europa quanto no mercado norte-americano, por onde aportou em 2003. Assim, dentre os destaques, estão a carroceria soldada a laser, 35% mais rígida, e a transmissão DSG de sete velocidades.

A sexta geração também não chegou ao Brasil. Lançada em 2008, tinha como destaques a prioridade de sistemas de segurança, bem como melhorias na estrutura da carroceria. Itens como Park Assist (assistente de manobra) e Light Assist (controle de faróis) marcaram a geração. Assim, deram espaço para a sétima, que finalmente voltaria ao Brasil, em 2012.


Sétima geração do VW Golf marcou época no Brasil

Inicialmente importada da Alemanha, a nova geração era 100 kg mais leve, e foi um marco entre os hatches médios nacionais, que começavam a sumir do mercado. Seu grande destaque era a motorização TSI, nas opções 1.4 de 140 cv e o GTI de 220 cv, marcando o retorno da versão esportiva ao País, por exemplo.

usados
Tiago Queiroz/Estadão

Em 2016, o modelo passou a ter sua produção nacionalmente, ganhando até uma versão 1.6 aspirada, mais simples, com até 120 cv (etanol), e transmissão automática Tiptronic. Em 2019, as versões Highline e Tiptronic saíram de linha, restando o GTI, segurando as pontas até 2020, quando 99 unidades da versão GTE, importada, anunciavam o fim da produção nacional. Contudo, no Brasil, o Golf esteve à venda por 27 anos, e teve até uma versão perua, a rara Golf Variant.


A atual oitava geração não é vendida por aqui, restrita ao mercado europeu e americano. Dentre as muitas opções, destacam-se as opções híbridas, sejam híbrida-leve ou plug-in, esta última com o conjunto 1.5 turbo de 245 cv. Além disso, o GTI segue vivo, com um motor 2.0 turbo de 265 cv.

Volkswagen/Divulgação
Golf R é versão esportiva com tração integral e mais de 300 cv (Volkswagen/Divulgação)

Entretanto, existe a chance de que vejamos o Golf no Brasil novamente, na forma de sua variante mais extrema: a R. Em uma entrevista concedida ao canal “A Roda”, o CEO da VW no Brasil, Ciro Possobom, afirmou que a marca estuda fortemente a chegada do esportivo ao País. “Estamos estudando realmente forte, mas precisa estar tudo certinho. Queremos que o cliente seja super bem atendido”, afirmou o CEO.


O Jornal do Carro também está no Instagram!

O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se
Como é acelerar o caminhão Mercedes-Benz Accelo 1017

Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.