A venda de carros elétricos no Brasil tem crescido exponencialmente, com mais de 57 mil emplacamentos entre janeiro e novembro deste ano, o que representa quase 37% de participação de mercado entre os modelos eletrificados. Mas será que os donos desses veículos estão satisfeitos? Tudo indica que sim.
De acordo com um estudo da Global EV Alliance, 97% dos compradores de elétricos estão satisfeitos com seus carros. A pesquisa foi feita em 18 países – sendo o Brasil o único representante da América do Sul – e com mais de 23 mil participantes. Além disso, 92% dos entrevistados disseram que voltariam a comprar um modelo elétrico, enquanto 4% devem optar por um híbrido plug-in na próxima compra. Assim, somente 1% voltariam para veículos a combustão.
Entre os principais motivos para a escolha está o menor custo operacional, citado pela maioria dos participantes. Outra preocupação é com questões climáticas e com a redução de ruídos. Interesse em novas tecnologias, boa dirigibilidade e custos mais baixos com manutenção também receberam destaque na lista de razões para a compra.
Problemas dos elétricos
Contudo, a preocupação com infraestrutura preocupa os donos de carros elétricos, especialmente no nosso País. Os entrevistados brasileiros ocuparam a primeira posição na pesquisa quando confrontados com questionamentos como “preciso de mais planejamento para fazer uma viagem longa com meu EV do que com um carro a combustão” ou “sempre me preocupo em como vou carregar meu veículo em viagens”, por exemplo. Também ficaram na segunda colocação em relação a “range anxiety”, que é o medo de ficar sem bateria – atrás apenas dos indianos.
Mas dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) mostram que a rede de recarga também está em expansão, uma vez que já existem mais de 10 mil eletropostos por aqui. Também conforme a VoltBras, o setor de eletromobilidade movimentou cerca de R$ 594,3 bilhões em faturamento anual no Brasil, sendo o segmento de infraestrutura sozinho somando R$ 445,9 bilhões.
Mesmo com a evolução da eletrificação, é um setor ainda muito prematuro no mercado brasileiro. Resta saber se entre cinco e dez anos os consumidores de carros elétricos por aqui manterão esse índice de avaliação tão positivo.
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