A crise automotiva que atinge a Europa abala as grandes montadoras, mas faz estragos ainda maiores em negócios pequenos. A mais recente vítima disso é a Gerhardi Kunststofftechnik, fabricante alemã fundada em 1796, e responsável por estampar e produzir grades, maçanetas e acabamentos cromados para a Mercedes-Benz, como a estrela que orna o capô. A empresa pediu recuperação judicial, há cerca de um mês.
Agora, os 1.500 funcionários da Gerhardi enfrentam um futuro incerto, logo às vésperas das festas de fim de ano. A empresa é mais uma entre os vários pequenos negócios e fornecedores de peças que enfrentam uma crise por conta das vendas fracas e uma transição difícil para os veículos elétricos, por exemplo. Grandes grupos como Ford, Stellantis e VW tem anunciado cortes nos gastos, algo vital para negócios desse gênero.
Desaceleração do mercado de elétricos torna difícil a vida do fabricante
Empresas que fabricam componentes automotivos como Forvia, da França, e a Webasto, na Alemanha, agora sofrem com a desaceleração do mercado de carros elétricos, que não decolou no continente europeu. Além disso, outro motivo para a crise é a retirada dos subsídios dados pelos governos, que desmotiva o crescimento da demanda.
Seja como for, para tentar uma reestruturação de seus negócios, essas empresas dependem exclusivamente do mercado de automóveis, e de sua recuperação. Entretanto, os relatos não são favoráveis ao futuro. A Ford anunciou, em novembro, o corte de mais 4 mil empregos na Alemanha, enquanto a VW tenta reestruturar a marca para conter o avanço das concorrentes chinesas pela Europa, por exemplo.
Outro bom exemplo foi a recente decisão de interromper a produção de modelos da Stellantis na planta de Mirafiori, na Itália. Desta forma, fornecedores da região encontram-se em uma situação preocupante, contando com a estabilização e melhora do cenário, para enfim ver progresso em suas vendas.
Fonte: Bloomberg Línea
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