Mostrado em meados do ano passado, o Fiat Grande Panda agora faz sua estreia oficial na Europa. O carrinho retro futurista é uma espécie de nova geração do Uno e chega no continente europeu para brigar no segmento de entrada com versões híbrida leve e também elétrica. Vem ao Brasil? Sim.
O Grande Panda tem duas configurações movidas a eletricidade (Red e La Prima) com preço inicial de 24.900 euros, na faixa de R$ 155 mil na conversão direta. Ambas têm 113 cv de potência e bateria de 42 kWh. Segundo a marca, a autonomia é de 320 km no padrão europeu WLTP. O modelo ainda vai de zero a 100 km/h em 11 segundos cravados. Em corrente alternada, o Grande aceita carga de até 11 kW, que carrega de 20% a 80% em menos de três horas. Já em corrente contínua (DC), são 100 kW. Aí o tempo de recarga total leva 27 minutos.
Por outro lado, as opções híbrida leve são Pop, Icon e La Prima começa abaixo dos 19 mil euros Traz um motor três cilindros 1.2 turbo que tem ajuda de um sistema 48V, onde a parte elétrica de 21 kW alivia o motor a combustão em algumas situações, como arranque e também em velocidades velocidades de cruzeiro. O Grande Panda Hybrid tem 100 cv de potência e uma transmissão de dupla embreagem e seis marchas.
Fiat Grande Panda
O Fiat Grande Panda, no entanto, não chama atenção pela motorização. E, sim, pelo design moderninho. O carro que vai combater o avanço das marcas chinesas busca inspiração no Panda dos anos 1980 com linhas bem quadradas e retas. A dianteira traz faróis em formato de pixels e interligados. Na lateral, a inscrição “Panda” acompanha a parte superior das portas, e os plásticos da caixa de roda tem o logotipo antigo da marca.
Atrás, a lanternas têm desenho irregular e são verticais, além do nome “Fiat” estar estampado em baixo relevo na tampa do porta-malas. As rodas são de aço de 16 polegadas ou de liga leve aro 17. Ao todo serão sete cores, algumas vibrantes para dar um ar ainda mais descolado ao modelo.
Dentro, o Fiat Grande Panda mostra seu aspecto ainda mais jovial. O interior usa material reciclado de 140 embalagens plásticas. Nas versões La Prima, por exemplo, o revestimento do painel é feito de uma composição têxtil onde 33% do material usado vem das fibra de bambu.
O formato oval do painel, inspirado na famosa pista de testes da Fiat em Lingotto, em contraste com as saídas de ar retangulares, assim como no Panda antigo. A parte tecnológica fica por conta do painel digital de 10″, enquanto a multimídia tem tela de 10,25″, e comandos físicos para o ar-condicionado. O seletor de marchas é um botão no console, e não uma alavanca, e há carregador por indução para celulares.
Feito na Sérvia, o modelo tem a plataforma Smart Car vinda do Citroën C3, mas com dimensões mais generosas se comparadas com o hatch original. O modelo mede 3,99 metros de comprimento e 2,54 m de entre-eixos — mesmo porte do C3. O porta-malas, por sua vez, tem 361 litros.
Panda no Brasil?
O compacto vai chegar ao País em breve, inclusive, com produção em Betim (MG). O carro já está em testes por aqui, mas o nome pode não ser Grande Panda. Especulações apontam que “Argo” deve ser a nomenclatura escolhida, já que o novo carro vai substituir, de uma só vez, Mobi e Argo. A fabricação deve começar segundo semestre e a estreia, no início de 2026.
No Brasil, o Fiat Grande Panda receberá o motor 1.0 Firefly aspirado de 75 cv e 10,7 mkgf nas versões de entrada. Já as de topo terão o 1.0 turbo de 130 cv e 20,4 mkgf. Para completar a gama, a Fiat vai oferecer uma opção híbrida leve flex com sistema de 12 volts, mesma que estreou em Pulse e Fastback.
Por fim, o Grande Panda será o primeiro de uma nova família de veículos, que vai integrar o portfólio da Fiat gradualmente até 2027. Essa futura gama terá a missão de unificar a linha global da Fiat, ou seja, vai alinhar os modelos disponíveis na Europa e na América do Sul. Na lista de novos carros estão um SUV, um SUV-cupê e até uma picape, de acordo com a fabricante.
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