Na semana passada, a Jaguar anunciou pausa em suas vendas no Brasil. A fabricante, a princípio, quer se reposicionar globalmente e, assim, vai atualizar toda sua gama de modelos. Será, no entanto, mais moderna, minimalista e sustentável. A volta das comercializações está prevista para 2026. Entretanto, tem muita gente torcendo o nariz para o novo estilo da marca britânica, afinal, a montadora já teve carros super desejados, que uniam luxo, esportividade e desenhos icônicos.
Se o futuro da Jaguar reserva linhas retas e design, digamos, sem graça em seu próximo modelo (um GT de quatro portas que deve concorrer com Porsche Taycan), antigamente, a história era outra. No passado recente, a marca tinha modelos disruptivos, como XJ, F-Type e companhia. Mas a coisa sempre foi assim, cheia de (boas) surpresas, desde muito tempo atrás. E a coisa só foi melhorando ao longo das décadas.
XK120
Entre 1948 e 1954, a Jaguar produziu o XK120. Com apenas dois lugares, marcava o retorno da fabricante (uma década depois) ao segmento de carros esportivos. Projetado em apenas três meses como uma mula de teste para seu novo motor DOHC de seis cilindros e 160 cv, tornou-se ícone em engenharia e design. Chegava aos 190 km/h de velocidade máxima e, assim, ficou conhecido como o carro de produção mais rápido do mundo, à época.
E-Type
Conhecido como XK-E na América do Norte, o E-Type chegou às linhas de produção da Jaguar em 1961. Ficou por 13 anos no mercado e teve três séries distintas, duas delas equipadas com o DOHC de seis cilindros em linha (o mesmo do XK120) e, por último, carregou um 5.3 V12 de 272 cv. O modelo ficou conhecido por equilibrar design, desempenho e bom preço. Com base no carro de corrida D-Type – que venceu as 24 Horas de Le Mans em 1955, 1956 e 1957 – o esportivo se tornou lenda, tanto nas pistas quanto fora delas.
XJ220
Quem não se lembra do XJ220? Figurinha carimbada nas prateleiras das lojas de miniaturas e jogos de videogame dos anos 1990, foi na década de 1980 que nasceu o esportivo, ainda em forma de conceito. A história traz uma curiosidade. Afinal, inicialmente, não apoiados pela Jaguar, os funcionários tiveram que trabalhar em cima do modelo durante seu tempo livre, numa espécie de clube de colaboradores entusiastas. Após várias mudanças, o modelo foi, finalmente, lançado pela marca britânica em 1993, com tração traseira e motor 3.5 V6 biturbo traseiro, de 510 cv. Ficou com o título de carro de rua mais rápido do mundo, mas o perdeu para o Bugatti EB110.
XK
Com o codinome X150, o Jaguar XK ficou conhecido pelo público durante o Salão do Automóvel de Frankfurt (Alemanha) de 2005. A segunda geração do esportivo foi um grande salto em termos de design e engenharia quando comparado ao seu antecessor. Em versões cupê e conversível, era feito em torno de um chassi monocoque de alumínio. Mesmo subestimado por alguns, o XK surpreendia pelo estilo de direção, pela suspensão refinada e pelo motor. Aliás, este, sempre V8, com 4,2 litros ou Supercharged 5.0. Potências entre 296 cv e 542 cv, na configuração XKR-S. Foi descontinuado em 2014.
XE SV Projeto 8
Lançado em 2015, o Jaguar XE foi apresentado no Salão do Automóvel de Paris (França) do ano anterior. Com a promessa de ser mais leve e ágil, o sedã era fabricado com estrutura composta 75% por alumínio, tinha opções de motor gasolina ou diesel (o mais potente, com 340 cv) e a meta de concorrer com BMW Série 3 e Mercedes-Benz Classe C. Mas a fabricante queria ir além e, três anos depois, lançou a versão de alto desempenho SV Project 8. Desenvolvido pela equipe Special Vehicle Operations (SVO), da Jaguar Land Rover, modelo tinha painéis de carroceria de fibra de carbono, melhorias aerodinâmicas e nova mecânica. A versão superalimentada e com intercooler do Jaguar AJ-V8 de 5,0 litros produzia 592 cv.
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