Há algumas semanas, a cantora Sheryl Crow deu adeus a seu Tesla Model 3 como forma de protesto às ações executadas por Elon Musk (CEO da marca de carros elétricos) no governo do presidente norte-americano Donald Trump. Mas esse não é um caso isolado. Só neste fim de semana, estão marcados mais de 50 protestos mundo afora. As ações – intituladas #Tesla Takedown – visam desencorajar as compras de veículos da empresa do bilionário, que vem realizando o corte de gastos públicos através do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês).
A imprensa norte-americana noticiou, nos últimos dias, protestos contra instalações da Tesla em diversas partes dos Estados Unidos, como Tucson, Palo Alto, Saint Louis, Dayton e Charlotte. E nas grandes cidades a situação não difere. Em Nova Iorque, por exemplo, cerca de 300 manifestantes protestaram em uma concessionária da marca, no último sábado. Na ocasião, nove pessoas foram detidas, informou a polícia local.
Na intenção de boicotar as vendas da Tesla, bem como tentar convencer que outros donos vendam seus carros e, também, que acionistas se desfaçam de suas ações, foram registrados casos de vandalismo. No Colorado, veículos à venda em um concessionário Tesla sofreram depredação – houve até uso de coquetel Molotov.
Já em Boston, o clima de tensão deu lugar a um ambiente festivo. Teve até banda ao vivo. Por lá, os manifestantes transportaram cartazes e ecoavam gritos de guerra.
Com ou sem protestos, Musk continua bilionário
De dezembro para cá, Musk teve o patrimônio reduzido em US$ 90 bilhões. Seja como for, sua fortuna ainda chega perto dos US$ 400 bi. Além das controvérsias politicas – que têm influenciado a confiança dos investidores -, a principal razão para essa queda é a desvalorização das ações da Tesla, que já despencaram 27% neste ano. Somam-se a isso a queda na demanda por veículos elétricos e o aumento da concorrência da chinesa BYD. Tem, por fim, a demora da fabricante norte-americana em entregar a prometida tecnologia de direção autônoma.
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