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Fora de linha pode ser bom begócio
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Fora de linha pode ser bom begócio

Preços baixos, grande oferta de equipamentos e boas condições de pagamento costumam ser fatores decisivos na compra de um zero-km. Mas especialistas alertam que tanta vantagem pode ser sinal de que o modelo está com os dias contados

05 de mai, 2011 · 5 minutos de leitura.

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 Fora de linha pode ser bom begócio

TEXTO: MILENE RIOS

Preços baixos, grande oferta de equipamentos e boas condições de pagamento costumam ser fatores decisivos para quem quer comprar um zero-km. E quando o carro tem tudo isso de uma só vez, é quase impossível resistir. Mas especialistas alertam que tanta vantagem pode ser sinal de que o modelo está com os dias contados.

“No Brasil, normalmente os veículos recebem mudanças na lista de equipamentos a cada dois anos”, afirma o consultor e professor de gestão em Marketing e Vendas da Fundação Getúlio Vargas, Arnaldo Brazil. Ele diz que no terceiro ano “de vida”, em média, ocorre uma atualização estética em componentes como para-choques, faróis e lanternas. “De cinco a oito anos após o lançamento, o modelo ‘morre’ ou dá lugar a uma nova geração”, explica.

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Para não ser pego de surpresa, o consumidor deve ficar atento a alguns sintomas que podem indicar que o veículo está para sair de linha. “Depois do lançamento, crescimento e maturidade do produto no mercado, vem a fase do declínio nas vendas. E nessa etapa que a montadora ‘mata’ o modelo ou faz uma transformação profunda”, diz Brazil.

De acordo com ele, o interessado deve desconfiar em casos de queda expressiva no preço, maior oferta de equipamentos sem aumento na tabela e lançamento de séries especiais em pouco tempo. “São os principais sinais de aposentadoria.”

Lado positivo
Comprar um veículo nas “últimas” pode ser um bom negócio para ambas as partes. Fabricantes e concessionárias precisam desovar seus estoques antes da chegada do novo modelo. Do outro lado, o consumidor pode ter um carro mais equipado por um preço que cabe no bolso.


Para saber se o “moribundo” vale a pena, o comprador tem de avaliar o tempo que pretende rodar com o modelo, além do desconto. De acordo com o diretor da consultoria ADK Automotive, Paulo Roberto Garbossa, a desvalorização média de um zero-km varia de 10% a 15% no primeiro ano. Se o carro saiu de linha ou tem nova geração, o abatimento terá de ser maior – entre 20% e 22%.

“Quem comprar um veículo desses hoje e for vendê-lo no ano seguinte, sofrerá os impactos da desvalorização maior”, afirma Garbossa. “Se ficar com o carro por quatro anos, por exemplo, o preço médio no mercado de usados não será tão diferente do da versão mais atual.”

O especialista lembra que o consumidor pode usar o fato de o modelo estar com os dias contados a seu favor na hora da compra. Ele só recomenda esse tipo de negócio quando o desconto for maior que 15%.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.