Michel Escanhola
Nashville (EUA) – Pode-se dizer que o Nissan Leaf é um dos carros mais importantes para a indústria automobilística atualmente. Seu mérito é ser o modelo 100% elétrico com o preço mais acessível. Destaque da Nissan no Salão do Automóvel, que termina no domingo (7), o Leaf também poderá vir ao Brasil. Em abril, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, assinou um contrato de intenções encomendando 50 unidades do modelo para a frota da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Porém, a chegada do hatch elétrico depende de um programa de incentivos de nosso governo.
Mas enquanto aqui tudo não passa de teoria, nos Estados Unidos o Leaf chega em dezembro. Importado do Japão, terá preço sugerido de US$ 25.280. Porém, o governo federal dá US$ 7,5 mil (cerca de R$ 12.500) de incentivo a quem compra modelos elétricos e híbridos. Há, ainda, o aporte adicional dos governos estaduais, que pode chegar a US$ 6 mil. Com isso, é possível adquirir o Leaf por US$ 11.780 – um Tiida nos EUA é tabelado a US$ 13.520.
Segundo a marca, o custo por km do Leaf no Brasil ficaria em torno de R$ 0,07. Um Tiida abastecido apenas com etanol gasta cerca de R$ 0,27 por km. Quase quatro vezes mais. Com velocidade máxima de 145 km/h, o hatch Nissan tem autonomia de 100 milhas (160 km).
Existem três possibilidades de recarga. Numa tomada comum de 110 V, as baterias precisam de 21 horas para chegar à carga máxima. Com o sistema de recarga doméstico (vendido à parte pela Nissan por US$ 2 mil), são oito horas. A terceira maneira são os plugues públicos de carga rápida, onde em meia hora a bateria alcança 80% de sua capacidade.
A vida útil das baterias, compostas por lâminas de íons de lítio posicionadas sob os bancos da frente e de trás, é de 160 mil km, ou cerca de oito anos de uso. A Nissan não divulga o peso nem o preço das baterias, alegando que daqui a oito anos o valor do componente será inferior ao de hoje.
Viagem feita a convite da Nissan