Rafaela Borges
A versão sem pedal de embreagem não veio junto com a nova geração do EcoSport, lançada em agosto. Agora, o Ford baiano desembarca nas autorizadas com um grande diferencial: é o primeiro nacional a trazer câmbio automatizado de duas embreagens. Oferecido em vários importados – europeus e mexicanos, principalmente – esse tipo de transmissão colabora para reduzir o consumo de combustível e melhorar o desempenho.
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Batizado com o sobrenome Powershift, essa opção tem tabela a partir de R$ 63.390 na versão SE. Os principais itens de série são freios ABS, air bag duplo, controle de estabilidade, direção elétrica, ar-condicionado e som. Por R$ 70.890, a configuração Titanium acrescenta rodas de liga leve de 16”, ar digital, sensor traseiro de estacionamento e controle de velocidade de cruzeiro.
A versão de topo pode receber ainda bancos de couro e air bags laterais e do tipo cortina. Nesse caso, a tabela vai a R$ 74.590.
Importado do México, o câmbio automatizado tem seis velocidades e um de seus trunfos é a rapidez nas mudanças. Isso ocorre porque uma embreagem é para as marchas pares e a outra, para as ímpares.
Na prática, a caixa é mais rápida que as automáticas convencionais e quase não dá trancos. Mas não espere o vigor oferecido quando esse tipo de câmbio vem associado a motores sobrealimentados – o mexicano VW Fusca é um bom exemplo (confira avaliação em Jornal do Carro 1).
No Ford, o problema é que, embora não deixe a desejar, o Duratec 2.0 flexível de até 146 cv está longe de ser virtuoso. Pode levar o EcoSport de 0 a 100 km/h em 11,4 segundos (com etanol), conforme a marca, um bom dado de desempenho diante dos rivais.
Mas o EcoSport Powershift não apresenta a esperteza que se espera de um carro com esse tipo de transmissão. Em retomadas as respostas agradam – é quando o carro se mostra mais esperto. Há opção de trocas de marcha manuais por meio de um botão na alavanca de câmbio.