LUÍS FELIPE FIGUEIREDO
Na semana em que a Chery iniciou as obras de sua fábrica no País – será a primeira chinesa a produzir automóveis no Brasil -, fomos conferir como estão no mercado os veículos feitos no país asiático. Os mais vendidos são os JAC J3 e sua variante sedã, J3 Turin. Juntos eles somam 8.557 unidades, conforme a Fenabrave, federação que reúne as associações de revendas.
Esse número os coloca à frente de modelos como o Nissan Tiida e o Kia Picanto. Mas ainda estão longe de representar uma ameaça a outras marcas. “Essas 8 mil unidades poderiam estar pulverizadas entre as outras fabricantes. Mas não chega a surpreender”, afirma o consultor da ADK Automotive, Paulo Roberto Garbossa.
O resultado também complica as chances de a JAC atingir a anunciada meta de 30 mil vendas até o fim do ano. Mesmo com o reforço da J6, que estará à venda no início de agosto, serão quase 3.600 unidades a registrar por mês no segundo semestre.
Da Chery, o pequenino QQ, antes detentor do título de “carro mais barato do País”, agora parte de R$ 23.990 (R$ 1 mil de acréscimo, o mesmo valor do frete, que deve ser somado). Ficou mais caro que o Fiat Mille Economy (R$ 23.490) e o também chinês Effa M100, que assumiu o posto de mais em conta: parte de R$ 23.480.
E por falar em preços, apesar de os das marcas chinesas serem baixos, elas não oferecem descontos nas concessionárias – prática comum entre as montadoras que produzem aqui.
São poucos os chineses que têm espera. O QQ pode demorar até 60 dias para chegar e o Lifan 320, 20 dias. “É normal após o lançamento e vai se normalizar”, diz Garbossa.
Fatores como a o fim da liberação automática para modelos importados também podem causar essas filas.