MARCELO FENERICH
Durante a 11ª edição do Salão Duas Rodas, evento que ocorreu neste mês na cidade de São Paulo, o diretor comercial da Moto Honda da Amazônia, Roberto Yoshio Akiyama, falou com exclusividade ao JC sobre os últimos lançamentos e as expectativas da empresa para o País.
Por que, de um tempo para cá, a Honda investe mais em modelos de média e alta cilindrada, que são de nicho no Brasil?
Como a empresa já está bastante consolidada nos segmentos de baixa e média cilindradas, a Honda agora investimos nos modelos acima de 450 cm³.
A CB 1000R foi lançada na Europa em 2008. Por que só agora ela está chegando ao País?
A Honda teria a opção de importar esse modelo, mas preferiu nacionalizá-lo. Com isso, foi necessário certo tempo para o desenvolvimento e produção da motocicleta em Manaus.
Seu baixo preço não pode ser um “tiro no pé” da Hornet, ou até da CBR 600F, mesmo que tenham públicos diferentes?
Não, pois são modelos que atingem públicos distintos com uma margem de preço similar.
A nacionalização de diversos modelos da Honda está diretamente ligada à oscilação do valor do dólar, uma vez muitas das marcas concorrentes não tem fábrica no País?
A nacionalização de modelos não esta diretamente ligada ao câmbio, mas à ampliação do investimento no País, geração de empregos e a possibilidade de oferecer motocicletas com preços competitivos.
Com o Moto Passeio Dream (passeio promovido para clientes de motos acima de 500 cm³) o cliente de modelos de baixa cilindrada pode se sentir “abandonado”, já que a empresa nunca organizou um evento desse porte para esse público?
Não, o Moto Passeio Dream é uma oportunidade todo o tipo de público participar.
Qual será a rival da CBR 250R? A CB 300 perderá espaço?
A CBR 250R é um modelo com características esportivas para usuários que procuram desempenho, enquanto que a CB 300R é para uso urbano. São modelos para públicos diferentes.
Atualmente, a Kawasaki é o principal “alvo” de vocês?
A Honda deseja atuar em todos os segmentos, visando atender diferentes públicos.