Você está lendo...
Vendas de carros 1.0 vão devagar
SUMMIT MOBILIDADE: Clique e garanta o seu ingresso promocional Saiba Mais
Notícias

Vendas de carros 1.0 vão devagar

As vendas de carros novos com motor 1.0 estão em queda vertiginosa. No acumulado de janeiro a setembro o recuo foi de 7,4% ante o mesmo período de 2010 - os 1-litro representam 45,7% dos emplacamentos, a menor participação da história

23 de out, 2011 · 4 minutos de leitura.

Publicidade

 Vendas de carros 1.0 vão devagar

Fiat Uno Economy 1.4

MILENE RIOS

As vendas de carros novos com motor 1.0 estão em queda vertiginosa. No acumulado de janeiro a setembro o recuo foi de 7,4% ante o mesmo período de 2010 – os 1-litro representam 45,7% dos emplacamentos, a menor participação da história, segundo dados da Anfavea. Entre os usados, a procura por “populares” também está desacelerando.

“O 1.0 agora é só para trabalho”, afirma o proprietário da Primos Car, loja no Imirim, zona norte, Álvaro Peres Mari. Segundo Danilo Scheneider, gerente da São Caetano Automóveis, a preferência mudou para “modelos 1.4 e 1.6 e mais equipados.”

Publicidade


Rogério Acciari, vendedor da Car 2000, em Pirituba, zona norte, confirma a mudança. “Sempre tivemos mais 1.0 no estoque. Agora está meio a meio.”

Para o consultor da ADK Paulo Roberto Garbossa, além da chegada de novas opções, a proximidade de preços das versões mais potentes com os dos 1-Litro contribui para esse cenário.

A Fiat, por exemplo, acaba de lançar uma opção mais em conta para o Uno 1.4, a Economy. Tabela a partir de R$ 28.120, a novidade custa só R$ 1.470 a mais que a 1.0 de entrada.


Se o cliente quiser um Uno 1.0 com os mesmos equipamentos do novo 1.4, terá de desembolsar mais R$ 1.338. Ou seja, nesse caso, a diferença para o com propulsor 13 cv mais potente é de apenas R$ 132.

“O consumidor está percebendo as vantagens do 1.4 ”, diz Garbossa. “Até 2020, a participação dos 1.0 deverá cair para 25%.”

Histórico
Em 2011, pela primeira vez a participação dos modelos com motor acima de 1.0 até 2.0 deverá ser maior que a dos 1.0. No ano passado, a proporção foi de 48% e 50,8%, respectivamente.


Nos nove primeiros meses deste ano os veículos com propulsor de mais de 1 litro até 2 litros representaram 52,7% do total das vendas, ante 45,7% dos menos potentes. O crescimento dessa fatia foi de 15,8% – nos acima de 2.0 a alta passa de 40%.

Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.