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Para Anfavea, alta no estoque não preocupa
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Para Anfavea, alta no estoque não preocupa

De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Cledorvino Belini, em 2008 o estoque foi de 56 dias e, no mês passado, atingiu 37. Já o discurso da Fenabrave, das concessionárias, é bem diferente

09 de set, 2011 · 3 minutos de leitura.

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 Para Anfavea, alta no estoque não preocupa

RAFAELA BORGES

O estoque de veículos no Brasil atingiu 37 dias no mês passado. Apesar de ser o maior desde novembro de 2008, não preocupa a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), de acordo com seu presidente, Cledorvino Belini. O discurso é diferente do da Fenabrave, que reúne as concessionárias. A entidade, que na semana passada informou que o estoque ultrapassava 40 dias, considera esse número preocupante.

Belini chamou a atenção para 2008, quando eclodiu a crise econômica mundial. “Naquela época o estoque chegou a quase 60 dias. Era muito pior”, diz.

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Em novembro daquele ano, os estoques atingiram 56 dias. Os números somam o tempo em que os veículos ficam parados no pátio das montadoras com o período que passam nas lojas.

“Nas autorizadas, o estoque até diminuiu de 24 para 23 dias. Na indústria, foi de 12 para 14”, disse Belini. O executivo atribui essa alta a fatores como o aumento da oferta de novos modelos no mercado nacional.

Já o presidente da Fenabrave, Sérgio Reze, havia dito que o recorde de emplacamentos registrado em agosto – melhor mês do ano para o setor – é fruto do aumento de participação das vendas especiais, feitas da fábrica diretamente à pessoas jurídicas.


O fato é que Fiat, Ford e Volkswagen anunciaram paralisações em algumas fábricas para adequar a produção aos estoques.

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.