Tião Oliveira, de Pamplona (Espanha)
Após quase 40 anos, a Jaguar está lançando um modelo que pode se igualar ao E-Type, produzido até 1974, como um dos carros mais bonitos do mundo: o F-Type. Com estreia prevista para o segundo semestre no Brasil, o conversível tem três versões – F-Type e F-Type S, ambas com motor 3.0 V6, de 340 cv e 380 cv, respectivamente, e V8 S, cujo 5.0 gera 495 cv. A tabela deve partir de R$ 420 mil para a opção de entrada e passar dos R$ 500 mil na de topo.
A fabricante mira o Porsche 911 como maior concorrente. É um desafio e tanto, mas o novo Jaguar traz boas armas para rivalizar com o ícone alemão, começando pelo preço menor.
Herdeiro de uma linhagem iniciada pelo C-Type, na década de 50, o F-Type tem tudo o que o fã de carros esportivos procura. É bonito, bem acabado, leve e bom de guiar. As maçanetas, que ficam embutidas nas portas e surgem quando pressionadas, são um charme à parte.
Na traseira, a semelhança das lanternas do F-Type com as do Range Rover Evoque não é mera coincidência – ambas são assinadas por Julian Thompson. O chefe de design da Jaguar foi o responsável pelo estilo do crossover da Land Rover, marca que faz parte do mesmo grupo.
Tudo nesse Jaguar foi pensado com cuidado e denota bom gosto. A capota de lona, cuja cor pode variar de nuances de cinza a preta, passando por vermelha, leva 12 segundos para ser completamente aberta ou fechada – com o carro a até 50 km/h.
Rodando a 120 km/h com a cobertura recolhida, os dois únicos ocupantes podem conversar tranquilamente, sem que para isso tenham de aumentar o tom de voz. Ainda sobre a cabine, os bancos têm ajustes elétricos, assim como o volante, e todos os comandos estão bem posicionados.
Para saber do que o F-Type é capaz, fomos ao Circuito de Navarra acelerar o V6 S, que não deixa a desejar em relação a esportivos consagrados. Para tornar a brincadeira mais divertida, o motorista pode escolher o modo de condução Dynamic, por meio de um seletor ao lado da alavanca de câmbio, identificado por uma sugestiva bandeirinha quadriculada.
O conversível muda de humor. As respostas de motor e câmbio, automático de oito marchas com aletas no volante para trocas manuais, ficam ariscas e a suspensão, mais rígida.
O ronco é digno de nota. Os engenheiros conseguiram reproduzir o barulho característico dos carros de competição nas reduções de marcha. Para chegar a esse resultado, a Jaguar recorreu a uma fabricante de escapamentos de motos.
Viagem feita a convite da Jaguar