LUÍS FELIPE FIGUEIREDO
FOTOS: SERGIO CASTRO/ESTADÃO
Aston Martin V8 Vantage é peculiar. Cupê de dois lugares, ele carrega uma aura de elegância que não é compartilhada por seus dois rivais, os esportivos puros Porsche 911 Carrera S e Audi R8. Somente o Aston é um carro de cavalheiro.
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Talvez por isso, apesar de ser o mais velho desse trio (foi lançado em 2005), o V8 Vantage é também o mais caro. Com motor de 426 cv, custa R$ 720 mil. O 911, cuja geração atual é de 2011, sai a R$ 549 mil e tem motor seis-cilindros de 400 cv. O R8, de 2006, tem preço sugerido de R$ 610.500 na versão com motor V8 (420 cv).
O cavalheirismo do V8 Vantage não significa que ele tenha desempenho comedido. Seu V8 de 4,7 litros entrega a potência máxima a 7.300 rpm, regime em que emite um urro de carro de corrida para arrepiar entusiastas. O abundante torque de 47,9 mkgf permite “pular” as marchas do câmbio manual, como o do avaliado.
Conforme a fábrica, o V8 Vantage acelera de 0 a 100 km/h em 4,9 segundos e atinge 290 km/h de velocidade máxima.
Em movimento, ele sofre ao passar pelas irregularidades do piso, por causa de sua suspensão bem firme. Construído à mão em Gaydon, na Inglaterra (há referências a seu local de fabricação por todo o carro), o cupê tem acabamento impecável, com couro nos bancos, painel e teto (Alcântara).
A posição de dirigir é perfeita. A visibilidade traseira, no entanto, é ruim. Embora o carro seja baixo (tem 1,26 metro de altura), a cabine é até espaçosa – atrás dos bancos há lugar para pequenas bolsas ou pastas. O porta-malas tem a boa capacidade de 300 litros.