LUÍS FELIPE FIGUEIREDO
É no apelo de “versatilidade urbana” que a Jeep aposta para emplacar o Compass, utilitário-esportivo compacto que começa a vender no País com preço sugerido de R$ 99.900. Com motor quatro-cilindros 2.0 16V a gasolina de 156 cv e tração apenas na dianteira, o modelo vai brigar com Chevrolet Captiva, Honda CR-V, Hyundai ix35 e Kia Sportage – os dois últimos, sul-coreanos, acabam de ganhar motor flexível -, entre outros.
O alvo, segundo os executivos da marca, são pessoas que não fazem uso de tração 4×4 e querem “um veículo alto e robusto para rodar na cidade.”
O câmbio do modelo feito nos EUA é CVT, de relações continuamente variáveis. Ele pode ser operado de forma “sequencial manual”, na qual simula seis marchas.
O Compass anda bem, sem emocionar. O câmbio ajuda a lhe dar alguma vivacidade, mas em subidas e retomadas o motor carece de fôlego.
É baixo o nível de ruído a bordo – do motor pouco se ouve, há mais barulho aerodinâmico e dos pneus. A posição de dirigir é boa, apesar da falta de ajuste de distância para o volante (há somente de altura). A direção, com assistência hidráulica, não é um primor em precisão, mas atende bem ao propósito do carro e é firme em velocidade.
Com 2,63 metros de entre-eixos, o Compass oferece bom o espaço a bordo para passageiros no banco de trás, que é dividido em 1/3 e 2/3 e traz o encosto reclinável. Seu porta-malas tem 328 litros (até a altura dos assentos) e pode chegar a 725 litros com os bancos rebatidos.
O novo Jeep vem de série com itens como teto solar, toca-CDs com entrada auxiliar e vários porta-objetos. Fazem falta recursos como travamento automático das portas com o carro em movimento, comando por um toque para os vidros elétricos (há somente para descida no do motorista) e refinamento no acabamento da cabine.
A marca tem estimativa de vendas modesta para o modelo: 2 mil unidades neste ano.