Diego Ortiz/RIO DE JANEIRO
Durante o lançamento do Clio reestilizado, executivos da Renault afirmaram que 59% da razão de compra do modelo é o preço, 27% é consumo, e que o desenho responde apenas pelo resto da porcentagem. Não é de se estranhar, então, que a montadora tenha demorado tanto para dar um “tapa” mais severo em seu carro popular, tabelado a partir de R$ 23.290 na versão Authentique.
Modificado com inspiração na nova geração europeia do Clio (a quarta), o hatch ainda é na essência o bom e velho modelo que começou a ser fabricado no Brasil em 1999 – atualmente, vem da Argentina. Traz consigo coisas interessantes do passado, mas alguns defeitos históricos.
Umas das vantagens do Clio é o espaço e a ergonomia. O motorista não bate com as pernas em nada, como ocorre na maiorias dos compactos de entrada, e a posição de guiar é reta – nada de volante torto.
O conhecido motor 1.0 16V flexível recebeu melhorias, como desenho do pistão melhorado, pino flutuante, grafite nas saias e bielas do 1.2 16V turbo usado pela marca na Europa. Com isso, ganhou 4% de potência e 3% de torque e ficou com 80 cv e 10,5 mkgf, administrados por um câmbio manual de cinco marchas. Espertinho, lembra mais um 1.4 e deixa o Clio ágil.
E com economia. De acordo com a Renault, o carro recebeu nota A no novo programa de etiquetagem de consumo do Inmetro, com médias de 10,7 km/l de etanol e 15,8 km/l de gasolina.
Porém, para quem quiser equipar o Clio, a história da economia começa a perder seu peso. Para levar os opcionais ar-condicionado e direção hidráulica, por exemplo, o preço sobe em R$ 3.600. Nada popular.
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