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Suzuki vai à Justiça contra VW
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Suzuki vai à Justiça contra VW

A Suzuki informou que vai cumprir a ameaça de levar a disputa com a Volkswagen à arbitragem internacional. Depois de declarar o fim da aliança entre as empresas, a japonesa exige que a montadora alemã venda a sua participação na Suzuki

25 de nov, 2011 · 3 minutos de leitura.

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 Suzuki vai à Justiça contra VW

A Suzuki informou ontem que vai cumprir a ameaça de levar a disputa com a Volkswagen à arbitragem internacional. Depois de declarar o fim da aliança entre as empresas, a fabricante japonesa exige que a montadora alemã venda a sua participação de quase 20% na Suzuki.

Após advertir na sexta-feira da semana passada que tomaria essa atitude, a montadora confirmou que dará início a processos de arbitragem no Tribunal Internacional de Arbitragem da ICC, em Londres, devido à “falta de resposta” da Volkswagen.

Procurada, a empresa alemã não comentou o assunto ontem. Mas a Volks, que detém uma participação de 19,89% na Suzuki, disse anteriormente que tem planos para manter o seu investimento na companhia japonesa.

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Mesmo que a fabricante japonesa de carros tenha declarado unilateralmente o fim da parceria, a aliança parece prestes a entrar num período prolongado de disputas legais. Yasuhito Harayama, vice-presidente executivo da Suzuki, disse ontem, em entrevista coletiva, que a pendência poderá levar até dois anos para ser resolvida.

Maior fabricante de veículos da Europa, a Volkswagen adquiriu 19,89% de participação na Suzuki no final de 2009, por cerca de € 1,7 bilhão. A empresa esperava tirar proveito do know-how japonês na fabricação de carros compactos, além da posição de lucrar com a liderança da companhia na Índia. Já a Suzuki, que detém participação de 1,5% na Volks, esperava se beneficiar da avançada tecnologia alemã em economia de combustível.

As duas empresas, contudo, não lançaram qualquer operação conjunta no âmbito da parceria. Em 11 de setembro, a Volks enviou uma notificação de uma alegada infração de contratos por parte da Suzuki, relativa a motores diesel da italiana Fiat Spa.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”