Você está lendo...
Comparativo: VW Tiguan x Mercedes Classe B
Notícias

Comparativo: VW Tiguan x Mercedes Classe B

Rafaela BorgesEles são de segmentos diferentes, mas têm muito em comum. Ambos feitos na Alemanha, VW Tiguan e Mercedes-Benz Classe... leia mais

19 de dez, 2012 · 8 minutos de leitura.

Publicidade

 Comparativo: VW Tiguan x Mercedes Classe B

Rafaela Borges

Eles são de segmentos diferentes, mas têm muito em comum. Ambos feitos na Alemanha, VW Tiguan e Mercedes-Benz Classe B contam com motores turbinados, câmbios automatizados e preços semelhantes. O monovolume, que acaba de chegar à segunda geração, parte de R$ 115.900 na versão B200. O utilitário-esportivo começa em R$ 106.421 e neste mês passou a ter versão R Line (veja mais ao lado). Eles trazem posição de guiar alta e espaço e flexibilidade interior, o que lhes dá apelo familiar.

Publicidade


Por causa dessas semelhanças, promovemos um duelo entre eles e o Tiguan levou a melhor. Além de ter preço de tabela menor, é mais bem equipado e confortável. No desempenho, são parecidos. Mesmo trazendo o motor 2.0 de 200 cv – ante os 156 cv do 1.6 do B200 -, o VW é mais pesado e seu câmbio tem seis velocidades – no rival são sete, o que permite reduzir as relações de marcha e aumenta a agilidade.

Os dois têm muito ímpeto para acelerar e retomar velocidade, algo que fazem jogando levemente o corpo do motorista contra o banco, se o pedal da direita for bem estimulado. Para isso contribui ainda o torque: a força máxima vem a baixas rotações. São 28,5 mkgf a 1.800 rpm no Tiguan e 25,3 mkgf a 1.250 giros no Classe B.

Os números divulgados pelas fabricantes apontam leve vantagem para o Mercedes: ele vai de 0 a 100 km/h em 8,4 segundos, ante 8,5 s do Volks.


Os dois são bons de guiar, e é mais fácil achar a posição ideal no Tiguan, que tem ajustes elétricos no banco – os do Classe B são manuais. O Mercedes conta com suspensão mais firme e, em curvas, surpreende para um monovolume de carroceria alta. Bem na mão, tem comportamento de hatch.

O Tiguan também vai bem, mas se destaca pelo conforto. Sua suspensão amortece melhor os impactos com o piso. Já a tração nas quatro rodas (no Classe B é dianteira) ajuda a mantê-lo estável em curvas.


PACOTE DE ITENS DE SÉRIE É ARMA DA VOLKSWAGEN

A principal vantagem do Tiguan ante o Classe B é a lista de itens de série. Ambos trazem ar-condicionado digital, mas só o VW tem saída para os ocupantes de trás. Também são exclusivos do utilitário navegador GPS (o Mercedes tem o sistema, mas sem habilitação para o Brasil), bancos de couro e teto solar elétrico.

O B200 responde com comandos para o câmbio (quando na função manual) atrás do volante. Esse item é opcional da versão R Line do Tiguan. No pacote mais simples, essa nova configuração sai por R$ 114.900 e traz apenas “apetrechos” estéticos como as rodas de 18”.


A completa, de R$ 126.169, tem ainda bancos aquecidos com comandos elétricos (para o do motorista). O Mercedes traz um pacote com apelo “esportivo”, o B200 Sport. Os destaques são os bancos de couro, rodas de 18” (na versão mais básica, são de 16”) e os faróis com LEDs. Custa R$ 129.900.

As medidas internas são semelhantes, mas o Tiguan é mais espaçoso. Tem assoalho plano e deixa os passageiros de trás mais bem acomodados.

O preço das peças do B200 assusta. O farol dianteiro foi cotado a R$ 10 mil em pesquisa feita pelo InformEstado em concessionárias. Conforme a Mercedes, o valor sugerido para esse componente é R$ 7 mil, em média, mas as autorizadas podem cobrar mais.


OPINIÃO: ENQUANTO O JIPINHO NÃO CHEGA…

O Classe B chega sem concorrentes diretos. É o único monovolume deste porte e faixa de preço. No segmento, o mais próximo do Mercedes-Benz é o francês C4 Picasso, que tem preço de R$ 86.500 na versão de cinco lugares. No entanto, não traz a tecnologia embarcada disponível no alemão. É por isso que os principais rivais do novato no Brasil são os utilitários-esportivos mais sofisticados. Principalmente os conterrâneos. Eles também têm posição alta de guiar, espaço e flexibilidade. Tudo o que é oferecido em um monovolume. Além do Tiguan, a Mercedes está de olho nos clientes do BMW X1, que custa R$ 119.950 na versão mais simples. O Audi Q3, por ora, só tem opção mais requintada, por R$ 149.900. E é com o Classe B que a marca brigará com esses modelos até a chegada de seu jipinho, o GLA, em 2014.


Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.