Com dois meses de atraso, a Honda apresentou o novo Civic, que só começa a vender no País em janeiro do ano que vem. A nona geração do sedã deveria ter sido lançada em setembro, mas o tsunami que atingiu o Japão no início do ano fez a fabricante adiar sua chegada. As três versões permanecem: LXS, LXL e EXS. Os preços sugeridos da novidade não foram anunciados, mas deverão ficar bem próximos dos praticados atualmente, variando de R$ 66.660 a R$ 86.750. A tabela da intermediária LXL, com câmbio automático (R$ 72.165), deverá ser a menos alterada – pois essa é a opção mais vendida, conforme a fabricante.
Seu motor permanece o quatro-cilindros 1.8 16V flexível, que recebeu alterações – como árvore de comando de válvulas oca, para alívio de peso – para diminuir o consumo. O ganho é de aproximadamente 2%. A potência com etanol permanece de 140 cv, mas houve ganho com gasolina, agora de 139 cv (1 cv a mais). A fabricante afirma que o Civic emite agora 30% menos CO2. Isso no modo “Econ” (de economia), acionado por botão no painel, que altera parâmetros como abertura da borboleta do acelerador (mais lenta), trocas de marcha e até o ar-condicionado (mantendo-o em recirculação de ar por mais tempo).
O desenho mudou bastante e o sedã está com a dianteira parecida com a do Accord. Fato inusitado na indústria, o Civic teve seu entre-eixos encurtado. Dos 2,70 metros da 8ª geração, lançada em 2006, agora são 2,67 metros. A medida visou melhorar o comportamento do carro, deixando-o mais equilibrado. Para isso também foram feitas mudanças na suspensão. Durante o curto trecho de avaliação, em autódromo fechado no interior do Estado, pôde-se comprovar o bom acerto das alterações. Após dirigir a geração anterior, nota-se boa (ainda que discreta) evolução no desempenho do sedã.
Para que o habitáculo não perdesse espaço, a “parede de fogo” (que separa o motor da cabine) foi movida em direção à dianteira do carro. Essa mudança, além da adoção de um novo console central, tornaram necessária a utilização de um pedal de acelerador suspenso – e não mais pivotado no assoalho do carro, uma boa característica do Civic.
O sedã mantém o bom acabamento, sem rebarbas, e ganhou novo painel (os instrumentos mantêm a divisão em dois níveis), que inclui pequeno mostrador para o computador de bordo e projeção das imagens da câmera traseira de auxílio ao estacionamento, de série em todas as versões. Além deste item, o Civic oferece de série ar-condicionado digital e som leitor de MP3 e com entrada USB para todos os catálogos.
Outra novidade importante foi o crescimento do porta-malas, que passou a 449 litros (ganho de 109 litros), com um artifício de praticidade duvidosa: seu estepe é agora de uso temporário, com o qual se pode rodar até 80 km a no máximo 80 km/h.