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Sem saudades do 3º pedal
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Sem saudades do 3º pedal

Diego Oriz“A nova sensação ao dirigir”. O slogan, do cartaz anunciando o primeiro carro automático do mundo, um Oldsmobile 1940,... leia mais

10 de abr, 2013 · 5 minutos de leitura.

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 Sem saudades do 3º pedal

Diego Oriz

“A nova sensação ao dirigir”. O slogan, do cartaz anunciando o primeiro carro automático do mundo, um Oldsmobile 1940, retrata perfeitamente a revolução provocada pela chegada da tecnologia ao mercado, em 1938.

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O câmbio hidramático, como ficou conhecido à época, foi criado pelos brasileiros José Braz Araripe e Fernando Lemos. A dupla vendeu a tecnologia em 1932 por US$ 20 mil (pouco mais de R$ 40 mil atualmente) à norte-americana General Motors. Desde então, o sistema não parou de evoluir.

A primeira caixa tinha quatro marchas – as duas primeiras bem reduzidas para ajudar o motor a impulsionar os pesados carros da época. Foi usado nos veículos de combate feitos pela GM para a Segunda Guerra Mundial. Depois disso, receberam o selo de “testados em batalha”.

A maioria dos câmbios automáticos atuais é hidráulica, com acoplamento viscoso, conversor de torque e engrenagens planetárias para fornecer as relações das transmissões. Antigamente, era necessária uma quantidade significativa de energia para pressurizar o sistema de controle hidráulico, que utiliza o fluido para determinar os padrões de mudança das marchas.


Com o desenvolvimento dos veículos, aumentaram as exigências para melhorar a administração de potência e reduzir o consumo de combustível. O sistema evoluiu e a mais recente novidade no mercado é uma transmissão de nove marchas, criada pela ZF para veículos de passeio, que será lançada no Land Rover Range Rover Evoque no segundo semestre.

Hyundai, GM e Ford já desenvolvem câmbios de dez marchas. Mas de acordo com informações da ZF, o de nove está no limite da eficiência, pois a adição de engrenagens torna o processo pesado e complicado.

A caixa automática de cinco marchas foi uma evolução natural da de quatro. O objetivo, correto em termos dinâmicos e ecológicos, foi criar um overdrive para o carro rodar em estradas, por exemplo, e consumir menos combustível.


Mesmo com essa evolução, ainda há no Brasil vários modelos com câmbios automáticos antigos e pouco eficientes. É o caso dos sistemas de quatro marchas de Toyota Corolla e Peugeot 208, por exemplo.

Os de oito velocidades, considerados o supra sumo até então, também estão entre nós em carros como BMW Série 3, Hyundai Equus, Land Rover Range Rover, Kia Mohave, Volkswagen Amarok e por aí vai.

O primeiro automatizado em um carro nacional surgiu em novembro de 2007, no Meriva Easytronic. Com muitos solavancos nas trocas de marcha, não foi sucesso de crítica. Demorou até cair no gosto do consumidor já em segunda geração, com o I-Motion, da VW, e o Dualogic, da Fiat.


Em dezembro foi a vez de o Ford EcoSport tornar-se o primeiro brasileiro a ter um automatizado de dupla embreagem. Esse sistema era oferecido até então apenas em carros bem mais caros e/ou com apelo esportivo, como Audi, Ferrari, Porsche e Lamborghini.

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Oficina Mobilidade

Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.