LUÍS FELIPE FIGUEIREDO
Quando começar a ser vendido no País, em 10 de outubro, o Hyundai HB20 (acima), compacto que a marca sul-coreana fabricará em Piracicaba (SP), será o terceiro modelo do mercado brasileiro equipado com motor tricilíndrico de 1 litro de cilindrada. Além dele, cuja versão de entrada tem preço sugerido de R$ 31.995, também têm propulsor dessa configuração o francês Smart ForTwo e o “primo” Kia Picanto – do qual o HB20 herda o motor, o Kappa 1.0 16V de até 80 cv com etanol.
São três exemplos de downsizing, termo que define a redução de cilindrada e do número de cilindros, sem perda de potência. O objetivo é diminuir o consumo de combustível, baixando a emissão de CO2, gás causador do efeito estufa.
E há mais a caminho. A Ford deverá fabricar em Camaçari (BA) o três-cilindros da linha Ecoboost, que inclui turbo e injeção direta de combustível (há opções de 100 cv e 125 cv). O motor equipará o novo Fiesta, que também será feito no País.
Lá fora a BMW anunciou, na semana passada, uma linha de motores que inclui um tricilíndrico de 1,5 litro de cilindrada (acima). A alemã informa que os motores têm o conceito de “módulos” de 500 cm³ de cilindrada. Haverá também versões de quatro e seis cilindros. A potência não foi especificada – apenas que serão “de 40 cv a 75 cv por cilindro”, equivalente a entre 120 cv e 225 cv, no caso do três-cilindros.
(Confira a fan page do Jornal do Carro no Facebook: https://www.facebook.com/JornaldoCarro)
Além de turbo e injeção direta de gasolina, esses motores têm sistema de controle de válvulas (admissão e escapamento) Valvetronic. Outra novidade é uma função que, nas situações em que não há carga no acelerador, reduz o funcionamento dos cilindros ao mínimo, em vez de desativá-los. Conforme a fabricante alemã, isso dá mais suavidade ao propulsor.
A Fiat diminui ainda mais o tamanho dos propulsores. Sua divisão de motores e transmissões, a FPT, deve fazer em Campo Largo (PR) o bicilíndrico TwinAir que na Europa equipa o subcompacto 500. Esse propulsor (acima) tem 875 cm³ e gera 85 cv.
Como há menos peças, motores pequenos têm reduzidas as perdas por bombeamento e menos atrito interno. Mas sofrem com as vibrações. Para neutralizar esse efeito, trazem árvore de balanceamento, que é acionada pelo virabrequim e gira em sentido inverso ao deste.