Tião Oliveira
PONCE/PORTO RICO
Not Normal (fora do normal, incomum). O adjetivo, que virou slogan da campanha de lançamento do Paceman nos EUA, sintetiza bem o que é o sétimo modelo da gama Mini. A novidade, que chega ao mercado brasileiro no início de junho na versão Cooper S – com motor 1.6 turbo de 185 cv, por cerca de R$ 145 mil -, é a versão cupê do Countryman, primeiro quatro-portas da marca inglesa.
Assim como seus “irmãos”, o Paceman foi feliz ao juntar linhas agradáveis aos olhos, dimensões reduzidas, capricho no acabamento e mecânica eficiente. O resultado é um produto bonito de ser visto, gostoso de ser tocado e divertido de ser guiado, mas que parece não fazer sentido na medida em que o carro do qual deriva oferece praticamente o mesmo (até a tração 4×4, que por ora não virá ao País), mas sem as duas portas a mais.
No visual, a dianteira e as laterais (até a coluna “B”) do modelo feito na Áustria são idênticas às do Countryman. Atrás, tudo é novo. O que mais chama a atenção é o teto com uma suave queda na extremidade traseira, solução que lembra a adotada pela também britânica Land Rover no Range Rover Evoque.
O interior, com materiais como couro e alumínio, além de botões por todos os lados, é um charme. Das novidades, os comandos dos vidros, que tradicionalmente ficam no painel dianteiro dos Mini, foram deslocados para as molduras das portas. Isso depõe contra o carro, pois não há nada mais comum.
Já os grandes mostradores redondos (outra marca registrada da fabricante) estão mantidos no Paceman. O mesmo vale para o ótimo trio formado por motor, câmbio e suspensão.
Graças a esse conjunto, as estradas sinuosas e cheias de sobe-e-desce onde o carrinho foi avaliado, se transformaram em um verdadeiro parque de diversões. Seja com a caixa automática de sete velocidades na posição D (de Drive, dirija), fazendo as trocas de marcha pela alavanca ou nas aletas no volante, o Paceman foi engolindo a estrada e fez as curvas se transformarem em retas quase infinitas.
Também nesse quesito o mérito deve ser compartilhado. Com a direção (com assistência elétrica) de respostas diretas, as suspensões, que foram calibradas magistralmente para manter o perfeito equilíbrio entre esportividade e conforto, e os largos pneus 255/45 R19. Isso sem contar, obviamente, com a parafernália eletrônica, que inclui controles de tração e estabilidade, freios ABS, etc, etc, etc…
Em resumo: se você já guiou um kart, parabéns! Já tem uma vaga ideia da diversão que o Mini Paceman pode proporcionar. Se não, sinto muito. Não sabe o que está perdendo.
Viagem feita a convite da Mini