RAFAELA BORGES
PROJEÇÃO: CARPARAZZI
A Jaguar entrará no segmento de utilitários-esportivos em 2016. O modelo não terá a capacidade off-road dos jipões da Land Rover, marca que pertence ao mesmo grupo. Será voltado ao alto desempenho, como os cupês e sedãs da montadora.
As informações foram divulgadas pelo presidente da Jaguar Land Rover para mercados como América Latina, Oriente Médio e Índia, Dmitri Kolchanov. Ele está no Brasil para o Fast Drive, evento que reúne modelos das duas marcas para avaliação de clientes no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
Desde 2009, circula a informação de que a montadora britânica terá um esportivo para concorrer com o Porsche Cayenne. A agência Carparazzi, naquele ano, preparou uma projeção do futuro modelo, baseada em informações de fontes ligadas à montadora.
Outras montadoras de modelos de alto luxo e desempenho também estão trabalhando em utilitários para concorrer com o Cayenne, responsável pela retomada na lucratividade da Porsche. A Lamborghini, por exemplo, confirmou nesta semana que o Urus, protótipo mostrado no ano passado, terá versão definitiva em 2016.
Já a Maserati tem mostrado em diversos salões internacionais versões do Kubang, protótipo baseado em plataforma da Jeep – tanto a marca italiana quanto a norte-americana são controladas pela Fiat.
A Bentley, que assim como a Lamborghini pertence à Volkswagen, apresentou no ano passado o conceito EXP 9F, cuja versão definitiva será produzida e receberá o nome de Falcon – de acordo com informações da Automobile Magazine. Seu desenho, no entanto, será refeito, já que o do protótipo não agradou.
FÁBRICA NO BRASIL
Kolchanov disse também que a Land Rover planeja ter fábrica no Brasil, projeto que está em fase de estudo. No momento, há negociações com diversos Estados do País – não divulgados pelo executivo – para sediar a possível planta nacional da marca inglesa.
A ideia tomou força no fim do ano passado, após a divulgação do regime automotivo Inovar-Auto, que dá privilégios fiscais a empresas que já produzam ou planejam produzir veículos no País. Para Kolchanov, antes das novas regras, o mercado de importados no Brasil estava bastante incerto, com mudanças nas tributações.
A decisão sobre a construção ou não de uma fábrica no País será anunciada nos próximos meses, de acordo com Padovan.
Há três possibilidades de modelo para produção local: Freelander, Range Rover Evoque ou um utilitário de menor porte, ainda inédito.
A Land Rover já montou no Brasil, até 2005, o Defender. Desta vez, no entanto, precisará ter índice de nacionalização superior a 50%, além de cumprir diversos processos produtivos. Caso contrário, não receberá os benefícios do Inovar-Auto.