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Volvo e Geely terão arquitetura única
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Volvo e Geely terão arquitetura única

Inauguração de centro de desenvolvimento comum é o primeiro passo de plano ambicioso: mais do que dobrar a produção até 2020

24 de set, 2013 · 6 minutos de leitura.

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 Volvo e Geely terão arquitetura única

Sexta-feira 13 é considerado por muita gente como um dia de azar, mas não pelos executivos da Geely. Foi essa a data escolhida pelo grupo chinês para inaugurar o CEVT, sigla de China Euro Vehicle Technology, centro de desenvolvimento conjunto para a marca e seu braço de luxo, a Volvo.

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E o CEVT já nasce com uma missão importante: o desenvolvimento da C- Segment Modular Architecture (CMA), uma arquitetura modular para o segmento C, de modelos médios. Em outras palavras, sobre essa base serão feitas as novas gerações do Geely EC7, que chega ao Brasil em novembro, do Volvo V40 e do utilitário-esportivo XC60. Será o primeiro passo para ampliar a produção das duas marcas, prevista para 2020. E, por tabela, de produzir no Brasil.

“A arquitetura é modular, mas nós optamos por focar no segmento C para ganhar volume”, diz o conselheiro sênior da Geely e diretor das duas empresas, Carl-Peter Forster. Em 2012, a Geely produziu 483 mil carros e a Volvo, quase 422 mil. A meta do grupo é chegar a 2 milhões de unidades por ano.


Segundo o vice-presidente da Geely, Sun Xiadong, a nova arquitetura poderá ser usada também em modelos dos segmentos A (subcompactos, como o Fiat 500) e B (compactos, como o Volkswagen Gol), mas só depois que os médios estiverem consolidados. “Ainda queremos ver como as outras arquiteturas modulares serão utilizadas”, diz Forster, referindo-se à MQB, da Volkswagen, e à D2XX, da GM.

Evolução. Arquitetura é uma evolução do conceito de plataformas, nas quais considerava apenas a parte estrutural da carroceria. A nova denominação leva em conta outros aspectos, como sistemas elétricos, freios e suspensões.


“Economia de escala é o nome do jogo. Pode reparar: os carros hoje têm muito mais conteúdo, mas mantiveram seus preços. Isso só é possível com volumes maiores de produção”, afirma o chefe do CEVT, Mats Fägerhag.

Durante a apresentação do centro, o executivo sueco mostrou um esboço da nova plataforma. Ela poderá ter, em relação a modelos médios, os com entre-eixos entre 2,6 e 2,7 metros, diversas variações de dimensões.

Será capaz de dar origem a hatchbacks, sedãs, peruas e utilitários-esportivos. Respectivamente, aos sucessores de V40, S60, EC7, V60 e XC60, além de produtos inéditos.


Por causa de sua capacidade de ampliação, as futuras gerações do S80 e do XC90 poderiam ser construídas sobre a CMA, mas, para elas, está reservada a SPA (Scalable Product Architecture), mostrada durante o Salão de Frankfurt (Alemanha) no Volvo Coupé Concept. Essa base dará origem ao EC9, modelo mais luxuoso da Geely.

Para Forster, a CMA deve ser capaz de reduzir o peso dos veículos, com uma estrutura mais rígida, ter espaço para receber baterias maiores, podendo ser utilizada em versões híbridas ou mesmo elétricas, além de oferecer maior segurança.

O desenvolvimento da nova arquitetura ainda levará de três a quatro anos para ser concluído. Os primeiros filhotes da CMA são esperados para 2017.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.