Belisa Frangione
O músico paulista Álvaro Martins trabalha como sósia de Elvis Presley há mais de 15 anos. E foi com o dinheiro recebido pelos inúmeros shows que ele conseguiu deixar como novo seu Dart 1970 comprado em 2008.
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“O carro estava em bom estado, mas muito descaracterizado, com peças de outros veículos”, conta. Ele diz que deu trabalho conseguir os componentes. “Mas agora o Dodge está com 96% de originalidade.”
De acordo com Martins, a reforma levou dois anos e meio para ser concluída. Ele afirma que teve de peregrinar muito para achar algumas peças. O emblema foi comprado em Araraquara e o detalhe de vinil no teto veio de São Carlos, cidades do interior de São Paulo.
Já a tampa do tanque de gasolina veio dos Estados Unidos. “Cada letra que forma a palavra ‘Dodge’ na traseira foi encontrada em ocasiões e lugares diferentes”, diz o músico.
Martins é só elogios para o “Dojão” e garante, que apesar de ter mais de 40 anos, o carro nunca o deixou na mão. “Viajei com ele até a divisa do Mato Grosso do Sul. Mantenho freio e motor impecáveis”, afirma. Tanta resistência rendeu ao sedã o apelido de “Thor”.
O músico conta que evita sair com o carro a toda hora por dois motivos. “O primeiro é a sede dele. Seu motor V8 roda apenas seis quilômetros com um litro de gasolina. O segundo é por precaução. Certa vez, bateram em um Opala que eu tinha e acabei ficando com o prejuízo.”
O “Dojão” é presença constante em eventos de clássicos e foi premiado juntamente com Martins. “Ele pela beleza e conservação e eu pela categoria ‘Chrysler Maníaco’”, diz.
A paixão pela marca é tamanha que foi retratada em uma tatuagem no braço de Martins. Ainda assim, ele teve de colocar Thor à venda. “Estou com alguns projetos em vista para minha carreira e não conseguiria mantê-lo da mesma forma como faço hoje”, lamenta.