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Chamativo, Prius é melhor negócio
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Chamativo, Prius é melhor negócio

Leandro AlvaresOlhando por fora parece que esses dois japoneses híbridos não têm nada a ver entre si. O Toyota Prius... leia mais

26 de jun, 2013 · 8 minutos de leitura.

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 Chamativo, Prius é melhor negócio

Leandro Alvares

Olhando por fora parece que esses dois japoneses híbridos não têm nada a ver entre si. O Toyota Prius é do tipo chamativo; faz questão de evidenciar sua proposta ecológica com sua carroceria de desenho futurista. Já o CT200h, da Lexus (divisão de luxo da marca Toyota), fica mais na dele, impressionando “apenas” com requintes de conforto e visual esportivo.

(Confira a galeria de fotos deste comparativo no Facebook: https://www.facebook.com/JornaldoCarro)

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Mas os “primos” são, sim, muito semelhantes. A começar pelo mesmo pacote técnico: motores 1.8 16V a gasolina e elétrico alimentado por baterias que, combinados, garantem 138 cv. O câmbio é do tipo CVT e a direção, elétrica. Outro ponto em comum está no preço salgado. O Prius tem tabela no País de R$ 120.830, enquanto o CT200h parte de R$ 149 mil.

A Lexus tenta justificar os quase R$ 30 mil de diferença apelando à superioridade no nível de equipamentos e itens de conforto. Na prática, não vale a pena gastar a mais por isso. O Prius oferece o melhor custo-benefício híbrido dessa dupla.

O Toyota satisfaz com a oferta de bancos de couro, ajuste elétrico para lombar nos assentos dianteiros, tela multifuncional sensível ao toque e até head up display (projeta informações do velocímetro no para-brisa), item que o Lexus não tem. O CT200h, por sua vez, ataca com faróis de xenônio, sensor de estacionamento dianteiro, retrovisor fotocrômico, bancos aquecidos, teto solar, etc…


Com 2,70 metros de entre-eixos – 10 cm a mais que o Lexus -, o Prius oferece maior espaço interno para os ocupantes. Cinco adultos se acomodam bem nele, enquanto apenas quatro viajam sem muito aperto no CT200h. O porta-malas do Toyota também é maior. São 445 litros de capacidade, ante os 375 l do concorrente.

No quesito economia, mais um “ponto verde” para o Prius que, por ter itens como rodas com desenho especial, pneus mais finos e carroceria com baixo coeficiente aerodinâmico (0,25 ante 0,29 do rival), consome menos combustível. Num mesmo percurso, o computador de bordo do Toyota exibiu média de 19,5 km/l e o do CT200h, 14,7 km/l.

Na manutenção, os custos são equivalentes. A exceção é para os preços do farol e do seguro do Lexus, que são mais caros.


Hatches são mansos, mas gostosos de guiar

Apesar do estilo esportivo da cabine do CT200h e futurista do Prius – que parece uma nave com sua ampla área envidraçada e console central flutuante -, o comportamento dinâmico do Lexus não difere quase nada do Toyota.

Os motores de 99 cv a gasolina e elétrico de 39 cv de ambos até são valentes em saídas de semáforo, por exemplo, graças ao ágil câmbio CVT de relações continuamente variáveis. Mas em retomadas a 60 km/h, o motorista demora a sentir a mudança de humor. O peso dos carros (1.390 kg no Prius e 1.465 kg no CT200h) contribui para o desempenho morno.


Mas não pense que guiar esses carros seja desinteressante. Ao pressionar o botão de partida, a ausência de chacoalhão da carroceria quando se liga o motor elétrico surpreende.

O quatro-cilindros a gasolina só passa a atuar em velocidades altas ou em situações em que é preciso mais força, como nas subidas. O entretenimento a bordo é garantido por ilustrações mostrando o gerenciamento dos motores, no painel, e pela manoplinha de câmbio, que lembra um joystick. Estabilidade e conforto são pontos em comum nesses híbridos. Nesse quesito, eles são competentes como um Corolla.

Tecnologia ainda inviável por aqui


Desde que foi lançado no Japão, em 1997, o Toyota Prius se tornou o híbrido mais popular do planeta, com mais de 3,5 milhões de unidades vendidas. É uma pena que não haja chance de esses números crescerem significativamente com a ajuda do Brasil. A culpa é da alta tributação para veículos híbridos no País e da ausência de incentivos fiscais a modelos desse tipo.

Por mais econômicos que eles sejam, não valem o que custam no mercado nacional. Com R$ 100 mil em mãos, é possível comprar carros de luxo de diversos estilos e muito mais sedutores, dotados de tecnologias como o sistema start&stop (que desliga o motor em semáforos e o religa ao tirar o pé do freio, por exemplo) para reduzir os gastos com combustível. O consumidor precisa ter vantagens para se interessar por um híbrido. Mas isso ainda não ocorre por aqui.

FOTOS: J. F. DIORIO/ESTADÃO


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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.