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Picapes gêmeas emanam estilo texano
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Picapes gêmeas emanam estilo texano

Thiago Lasco Jack Fahrer vive um triângulo amoroso com Mary Anne Camille e Trixie Anne. Esse romance poderia se passar... leia mais

24 de jun, 2013 · 5 minutos de leitura.

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 Picapes gêmeas emanam estilo texano

Thiago Lasco

Jack Fahrer vive um triângulo amoroso com Mary Anne Camille e Trixie Anne. Esse romance poderia se passar nas áridas estradas do Texas (EUA), mas se desenrola em plena Vila Madalena, na zona oeste da capital, onde o designer e músico circula com suas duas belas picapes.

Quem entrou primeiro na vida de Jack foi Mary Anne – uma GMC Sprint ano 1977, comprada no final de 2009. Três anos depois, ela ganhou a companhia de Trixie, uma Chevrolet El Camino 1975.

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“Morei e estudei nos Estados Unidos nos anos 80. Sempre fui louco por música country e pelo estilo redneck (típico dos americanos do interior do país). Sou fã da Chevrolet e queria ter um ‘muscle car’ com perfil de picape”, explica Fahrer.

Ele conta que demorou muito tempo até conseguir realizar seu sonho. “Quando encontrava uma El Camino à venda, ou estava muito detonada ou o dono pedia um valor que eu não podia pagar.”

As duas picapes mantêm a originalidade, salvo por alguns detalhes. Na Sprint, a antiga pintura branca deu lugar a um tom verde-limão, que Fahrer incrementou com faixas pretas sobre o capô. A El Camino preserva o vermelho original e ostenta algumas marcas do tempo, como o couro dos bancos desbotado pelos anos de uso. As duas trazem rodas novas.


O músico explica que os V8 que movem Mary Anne e Trixie foram usados em vários outros modelos da General Motors norte-americana, como Camaro, Malibu e Silverado, além do Pontiac Trans-Am. “Por isso, é fácil encontrar peças. Gastei apenas R$ 2 mil na retífica do motor da Sprint.”

Antes de ser repintada, Mary Anne chegou a servir de piscina para Fahrer e seus amigos. “Colocamos uma lona na caçamba, enchemos de água, subimos nela e ficamos jogando truco e bebendo cerveja.”

Ele afirma que não costuma poupar suas preciosidades. “Sou contra ter carro e não andar com ele. Quanto mais você usa, mais gostoso ele fica e mais ele faz parte da sua vida.”


As picapes acompanham o músico em todos os seus compromissos, que se dividem entre a banda em que ele canta e toca guitarra e sua loja de móveis, na Vila Madalena. “A Sprint se incorporou à imagem da loja e a transformou em ponto de referência no bairro. E eu virei o dono do carro verde.”

O assédio dos curiosos é constante, assim como as propostas para que Fahrer se desfaça de suas paixões. “Mas vou ficar com elas pelo resto da minha vida. Como já resistiram por três décadas, sei que poderei rodar outros 30 anos com elas, pois vão durar.”

‘Irmãs’. Produzida pela Chevrolet norte-americana, a picape El Camino surgiu em 1959 e teve cinco gerações. A última deixou de ser feita em 1987.


Sua “irmã” Sprint foi lançada pela divisão GMC Truck em 1971. Com acabamento diferente da El Camino, teve o nome trocado para Caballero em 1978 e também foi extinta em 1987.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.