José Antonio Leme
Reestilizado no fim do ano passado, o Mitsubishi ASX, antes japonês, agora é nacional. Feito em Catalão (GO), tem tabela inicial de R$ 83.490 na versão manual com tração dianteira. Os preços mantiveram-se bem próximos aos do asiática. A versão que mais teve redução ficou R$ 1 mil mais em conta.
O jipinho nacionalizado recebeu também rodas de 18”, nova calibragem no câmbio automático CVT – que simula seis marchas – e na suspensão, que ganhou 15 mm de curso e agora oferece mais conforto quando o carro roda em pisos irregulares. No entanto, a rolagem da carroceria aumentou em curvas mais travadas.
Em todas as versões, há ar-condicionado, direção e trio elétricos, freios ABS, air bag duplo frontal, partida sem chave e controle automático de velocidade de cruzeiro.
A de topo, que tem preço de R$ 99.990, traz ainda câmbio automático, bancos dianteiros aquecidos e o do motorista com ajuste eletrônico, sistema de som com DVD, tração 4×4 e hastes atrás do volante para troca de marchas. Teto solar e faróis de xenônio, opcionais nesta configuração, custam R$ 6 mil.
O exterior e o acabamento interno do ASX agradam. Também vai bem em conforto e ergonomia. Os bancos dianteiros “abraçam” seu ocupante e a posição de guiar é boa. Atrás, acomodam-se dois adultos, embora os muito altos corram o risco de bater a cabeça no teto, já que a coluna C do carro é inclinada.
O motor 2.0 de 160 cv e torque de 20,1 mkgf agora também sai da fábrica goiana. Os números poderiam ser mais bem aproveitados na versão automática se não fosse o ajuste do câmbio, que privilegia o conforto, em vez de retomadas vigorosas. Porém, há ausência de trancos nas trocas de marcha.
A tração 4×4 é por demanda, ou seja, envia força para as rodas traseiras apenas se houver falta de aderência no eixo dianteiro. Até 2015, o motor 2.0 do ASX passará a ser flexível, tecnologia que já é oferecida no concorrente Honda CR-V, produzido no México.