Manhattan, 5 de dezembro, quinta-feira, 8h30, 10ºC. Escoltada por duas motocicletas da polícia de Nova York, uma picape F-150 puxa um baú de alumínio para na Rua 44, quase na esquina com a 7ª avenida, próximo à Times Square. As centenas de pessoas que se espremem entre os prédios e as grades de proteção gritam alucinadas quando, de dentro do caixote metálico, surge um Mustang GT vermelho, totalmente renovado nesta sexta geração.
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A cena se repetiu, evidentemente com algumas particularidades, em outras cinco cidades: Detroit e Los Angeles, nos EUA, Barcelona, na Espanha, Sidney, na Austrália, e Xangai, na China. A apresentação simultânea sinaliza uma nova faceta do ícone da marca norte-americana, que passa a ser um carro global – o início das vendas no Brasil deve ocorrer em 2015 – e, pela primeira vez na história, tem opção de motor quatro-cilindros.
Com visual da dianteira alinhado ao dos demais modelos da Ford (que vários seguidores do Jornal do Carro no Facebook compararam ao do Fusion), o Mustang 2015 cresceu. A fabricante não revelou as dimensões do carro, mas ele ficou mais baixo e teve ampliados o comprimento, a distância entre os eixos, que se traduz em mais conforto para os ocupantes, e o volume do porta-malas.
Atrás, o estilo fastback, com espia mais inclinado, está de volta. As lanternas agora têm três barras, com luzes de pisca sequenciais. Há também versão conversível, com teto de tecido.
O interior do cupê foi completamente atualizado. Passa a trazer, entre os destaques, sistema multimídia (batizado pela Ford de Sync) e hastes no volante para trocas de marcha – no caso da versão com câmbio automático, que tem seis velocidades.
Além dos consagrados motores V6 (3.7 de 304 cv) e V8 (5.0 de 420 cv), o “pony car” passará a oferecer um 2.3 turbo de 310 cv. Para o Brasil, o mais provável é o Vê-oitão.
A estratégia de lançamento no País não foi revelada. Mas, segundo executivos da empresa, há grande chance de o cupê estar disponível em um número restrito de concessionárias. A ideia é manter uma aura de exclusividade, uma vez que o Mustang será oferecido como um carro de luxo e é considerado o modelo mais emblemático da companhia.
O lançamento para os americanos ocorrerá durante o Salão de Detroit, em janeiro. Depois disso, o Ford passará a ser vendido na Europa (o que explica a adoção do motor “menor”, por causa das regras mais rígidas de emissões de poluentes) e Ásia, entre outros mercados.
A marca já organiza para o dia 17 de abril do ano que vem, quando o modelo completa 50 anos, uma grande festa de comemoração. Milhares de proprietários e fãs do Ford são esperados.
O cupê, que chega como parte da linha 2015, trará, no painel, um emblema com a tradicional imagem do cavalo.