Eles têm porte avantajado, bom espaço interno e motores de 2,5 litros. Há muitas semelhanças entre o recém-lançado Nissan Altima, importado dos Estados Unidos, e o Ford Fusion, cuja nova geração, produzida no México, chegou ao Brasil no ano passado. Por isso, o duelo entre esses sedãs foi equilibrado e o Fusion venceu por ser superior em quesitos como o desempenho e ter seguro mais em conta que o do rival.
A versão bicombustível do Ford tem a tabela mais flexível. Ela parte de R$ 95.900, ante os R$ 99.800 do Altima, mas pode receber teto solar – de série no Nissan – e chegar a R$ 99.900.
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Nessa dupla, os motores não se destacam pela eficiência. Com quatro cilindros, o do Altima, que é só a gasolina, gera 182 cv. No Fusion, flexível, são até 175 cv (com etanol). Há opções de 2 litros com potência bem semelhante, como o do Ford Focus.
Apesar da pequena vantagem do Altima em potência e torque, o Nissan é mais lento que o Fusion. A culpa é do câmbio CVT, de relações continuamente variáveis.
Se por um lado essa caixa deixa a condução mais confortável, em contrapartida faz o modelo sofrer para acelerar forte e, principalmente, retomar velocidade. É preciso elevar muito a rotação do motor, o que acaba resultando em elevação do nível de ruído na cabine. A transmissão do Fusion é bem mais eficiente.
Em compensação, o Nissan leva nota máxima quando o assunto é desempenho da suspensão. Herdada de modelos Infiniti – marca de luxo do grupo japonês -, absorve muito bem os impactos contra pisos irregulares e ajuda a manter o sedã firme em curvas.
Equipados e requintados
Muito parecidas entre si são as listas de equipamentos de Altima e Fusion. O Nissan leva vantagem por ter o moderno sistema Drive Assist, no qual o motorista escolhe as informações que quer ver projetadas no painel de instrumentos – de leitura mais fácil que no Ford.
O recurso inclui aviso de mudança de faixa – oferecido apenas na versão topo de linha do Fusion, que é só a gasolina, tem tração 4×4 e sai a R$ 117.900. O sistema, porém, irrita um pouco, por apitar sempre que o motorista movimenta o volante sem acionar a seta. Há opção de desligá-lo.
O Fusion flexível tem ajustes elétricos para os bancos de motorista e passageiros. No Altima, os comandos são apenas para o do condutor.
Os dois sedãs trazem ar-condicionado com duas zonas de temperatura, bancos de couro, controle eletrônico de estabilidade, air bags frontais, traseiros e laterais e controlador de velocidade de cruzeiro, só para citar os itens mais sofisticados.
Quanto ao espaço interno, são também semelhantes. O Fusion é superior na distância entre os eixos, mas os passageiros do banco de trás do Altima não têm do que reclamar: podem ficar com as pernas bem esparramadas. Em ambos, três viajam com conforto atrás.
A carroceria do Fusion tem desenho mais moderno e sua cabine encanta os olhos, mas o acabamento é equivalente ao do Altima. O destaque do Ford é a tela central sensível ao toque, com comandos para diversas funções do câmbio. Em contrapartida, o sistema multimídia do Nissan é mais intuitivo. Nota do editor: as fotos são da versão Titanium do Fusion.
1º – Ford Fusion
Preço sugerido: 95.990
Motor: 2.5, 4 cil., 16V; flexível
Potência: 167 (G)/175 (E) cv a 6.000 rpm
Torque: 23,3 (G)/24,1 (E) mkgf a 4.500 rpm
Câmbio: Automático, 6 marchas
2º – Nissan Altima
Preço sugerido: 99.800
Motor: 2.5, 4 cil., 16V; flexível
Potência: 182 cv a 6.000 rpm
Torque: 24,9 mkgf a 4.000 rpm
Câmbio: Automático, CVT
Opinião:
Quer desempenho? Vá de Fusion turbo
A lista de itens de conforto e segurança de Ford Fusion e Nissan Altima é tão extensa que deixa muito sedã alemão morrendo de inveja. O problema é em movimento. Os dois carros são muito chochos.
No panorama de redução de motores para aumentar a eficiência e reduzir o consumo de combustível, chega a ser inaceitável um 2.5 não render, pelo menos, 200 cv. O problema é que esses propulsores não têm tecnologias modernas, como injeção direta de combustível.
A dica, então, é: gaste um pouco mais e leve um Fusion Titanium. Este, sim, é vigoroso em desempenho. Seu motor 2.0 turbo, com injeção direta de gasolina, gera 240 cv e deixa o motorista com um sorriso no rosto na hora de acelerar e retomar velocidade. Preço? R$ 103.900, ou R$ 4 mil a mais que o Fusion flexível com teto solar. No caso do Altima, a diferença é de R$ 4.100.