Uma bomba caiu no colo da Volkswagen hoje (20). O diretor do ADAC (maior e mais influente clube de carros da Europa), Michael Ramstetter, renunciou ao cargo e afirmou que fraudou o número de votos para que o Golf fosse eleito o carro do ano pela entidade.
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De acordo com as informações de Ramstetter, o Golf teria recebido 3.409 votos dentro dos mais de 18 milhões de participantes do ADAC, quando o número anterior e fraudado apontava 34.299 votos. “Nós teremos que parar nosso trabalho para reparar nossa reputação manchada”, afirmou o diretor-geral da ADAC, Karl Obermair, que chamou as ações de Ramstetter de “um erro indesculpável”.
O ministro dos Transportes da Alemanha, Alexander Dobrindt, que já foi alvo da ADAC por várias vezes, disse que o clube fundado em 1903 deve começar “mostrando um pouco mais de modéstia no futuro”.
Segundo o chefe de comunicação de produtos da Volkswagen, Peter- Heinz Thul, “a bola está na quadra da ADAC agora. Depois que eles investigarem minuciosamente o escândalo, vamos decidir o que fazer com o prêmio”.
Muito respeitado pelo setor automobilístico, o premio do ADAC, chamado de “Yellow Angel” (Anjo Amarelo, em inglês) é usado em campanhas publicitárias pelas marcas por indicar o modelo favorito em termos de segurança da Alemanha.