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Nos EUA, reis do marketing são alemães
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Nos EUA, reis do marketing são alemães

Mercedes dominou as ações promocionais durante o Salão de Detroit, que termina neste domingo

26 de jan, 2014 · 6 minutos de leitura.

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 Nos EUA, reis do marketing são alemães
'Vestido' de Classe C, trem passa em frente a sede mundial da GM

Detroit, EUA – “Bem vindos ao trem da Mercedes-Benz. Vocês aceitam um café expresso como cortesia?” A saudação da modelo que fazia as vezes de recepcionista surpreendia a todos que embarcavam no People Mover, o famoso trem suspenso de Detroit (EUA). Alguns passageiros reagiam com feições de descrença e, após processarem a informação, respondiam com sorrisos de simpatia. A ação é uma das muitas preparadas pela marca alemã para o salão norte-americano, que termina neste domingo na decadente capital do automóvel.

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Na terra dos “reis do marketing e relacionamento”, foi a germânica que mais brilhou. Além do reconfortante cafezinho, a Mercedes cobriu o People Mover com adesivos mostrando a nova geração do sedã Classe C, sua principal atração na feira. Vale citar que a GM fez uma ação idêntica na edição do ano passado da mostra, para promover a estreia da picape Chevrolet Silverado.

Para apresentar seu novo modelo, que teve produção confirmada nos EUA, a Mercedes levou ao Cobo Hall, onde ocorre o salão, a ex-companheira da cantora Beyoncé na banda Destiny Childs Kelly Roland. Na entrada do centro de exposições, não se avistava carros americanos, mas uma fila de modelos com o logotipo da estrela.


Essas iniciativas deixaram a marca de Stuttgart em evidência, apesar do tamanho reduzido de seu estande, quando comparado aos das locais GM, Ford e Chrysler. Também conseguiram dar à Mercedes a imagem de descolada, que a montadora persegue há anos, reforçada pelo anúncio da produção local do novo sedã – atualmente a companhia só fabrica jipões por lá.

Uma americana também se sobressaiu no evento. Enquanto a Mercedes buscava mostrar que está colocando em prática pelo menos três de seus quatro pilares mundiais em Detroit, que, segundo o presidente do grupo, Dieter Zetsche, são redução de emissões, melhoria na segurança, mais conectividade e investimento em países emergentes, a Ford mirou no estilo de vida americano. Para celebrar o lançamento da nova geração da picape F-150, a fabricante ambientou parte de seu estande como se fosse uma locação de filmes do Velho Oeste.


A grande “sacada” da Ford, no entanto, é um espaço reservado na parte externa do Cobo Hall, batizado de “Behind the Blue Oval” – ou atrás do oval azul, em referência ao logotipo da marca. Lá dentro não faltam referências a símbolos americanos. Há bufê de hambúrgueres, mesas de sinuca em formato de carro e homenagens a um dos grandes ícones dos EUA, o Mustang, cuja nova geração chega às lojas dos país em abril.

A marca aproveitou para promover, no espaço temático, o filme “Need for Speed”, que terá o Mustang como uma das estrelas. Parte do elenco e o diretor do longa estiveram por lá (veja na foto acima).

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.