Equipamentos opcionais (itens que vêm de fábrica, como direção hidráulica e ar-condicionado) e acessórios (vendidos nas concessionárias, como adesivos e revestimento de couro) podem mudar drasticamente o conceito de “luxo” de alguns carros.
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++ Comparativo: A3 Sedan x CLA
No recém-lançado Up, por exemplo, a assistência à direção só é de série a partir da versão High, cuja tabela é de R$ 34.990. Como comparação, com o valor de um único “mimo” da Aston Martin dá para comprar três unidades da configuração intermediária do Volkswagen.
Supervisor de vendas da marca britânica no País, Leandro Malcervelli afirma que há inúmeras possibilidades de personalização e produtos relacionados aos carros da Aston. Entre os itens disponíveis, um dos destaques é um relógio de pulso da suíça Jaeger-LeCoultre (abaixo). Com caixa feita de ouro, pulseira de couro e movimento automático, a peça sai por R$ 100 mil.
“Esse relógio tem um dispositivo por meio do qual é possível abrir o porta-malas do carro”, explica Malcervelli. E, por falar em bagageiro, um jogo de malas exclusivo, cujos tamanhos e formatos variam de acordo com o modelo do carro, tem preço sugerido de R$ 15 mil.
A também britânica Bentley é outra que oferece uma extensa lista de itens de personalização. Há de porta-cachimbo e videogame a oito tipos de revestimento de madeira, 27 opções de couro e seis de cintos de segurança.
Os preços variam conforme o pedido e só são definidos na hora em que a compra é fechada. De acordo com informações da Bentley, 95% de seus carros vendidos no ano passado foram personalizados pelos clientes.
No caso do Audi A3 Sedan, o sistema multimídia é opcional e custa quase 10% do valor do carro. Batizado de MMI Plus, o recurso inclui tela de 7 polegadas, navegador GPS, memória de 30 GB e “touchpad”, recurso que lê as informações que o usuário escreve com os dedos em uma pequena superfície. O dispositivo custa R$ 9.900 e o novo modelo, R$ 116.400.
ESTRATÉGIA
A escolha dos equipamentos que serão oferecidos obedece critérios bem claros. Itens que não são desejados pela maioria passam para a lista de extras. “Fazemos uma ampla análise do posicionamento do veículo e avaliamos o que é essencial para cada modelo”, afirma o supervisor de marketing da Fiat, Hugo Lage Domingues.
Na Chevrolet, a regra é semelhante. No caso do Camaro, que tem tabela de R$ 220 mil, o cliente pode adquirir as famosas “racing stripes”. As faixas pretas coladas sobre capô, teto e porta-malas, que dão um aspecto mais esportivo ao carro custam de R$ 4 mil a R$ 5 mil nas concessionárias da marca na capital.
Há também os pacotes, que reúnem vários “níveis” de equipamentos em kits e são cada vez mais utilizados pelas montadoras. De acordo com Domingues, a principal vantagem é o preço. “Comparado com a soma do preço dos itens comprados separadamente, os pacotes são cerca de 30% mais em conta.”
No caso da Volkswagen, o pacote I-Trend, disponível para as linhas Gol, Voyage e Fox, agrega itens como som (com comandos no volante) e travas elétricas, entre outros. No Gol Track 1.0, tabelado a R$ 34.980, o kit sai por R$ 1.402.
Quanto mais sofisticado o modelo, mais caro costumam ser os opcionais. Para o Passat TSi, que parte de R$ 118.150, há o Pacote Premium, a R$ 30.080. Traz oito alto-falantes, banco do motorista com ajustes elétricos, controle adaptativo que mantêm velocidade e distância em relação ao carro da frente, faróis de xenônio e dispositivo que estaciona o sedã sozinho.