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Desvendamos as combinações das placas
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Desvendamos as combinações das placas

Saiba como são feitas as junções de letras e números usadas nos carros de cada estado do Brasil

12 de mar, 2014 · 4 minutos de leitura.

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 Desvendamos as combinações das placas
Combinação de letras e números é sequencial

Se você já pensou nas mais variadas teorias para a combinação de letras e números das placas automotivas, esta reportagem pode ser decepcionante. A realidade é que a chapa traz apenas uma sequência lógica de números e letras – estas variam conforme o Estado.

O padrão atual foi adotado no País em 1990, quando saíram de cena as placas amarelas – que traziam duas letras e quatro números. Deste novo lote, a primeira chapa teve a sequência AAA-0001. O Denatran, órgão federal que regula o trânsito no País, distribui lotes para os Detrans, que designam as combinações aos municípios.

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Se o lote de placas distribuído a um Estado acabar, ele pode utilizar primeiras letras reservadas a outros. É o caso de São Paulo, que já usa a “H” – de Minas, Maranhão, Ceará e Mato Grosso do Sul.

Em São Paulo, não é permitido escolher a sequência da placa – só o último número, no caso da capital, por causa do rodízio. Porém, o Detran-SP está finalizando o desenvolvimento de sistema que permitirá ao dono do veículo escolher entre 20 sequências – aleatórias e sem custo extra.


Letras em Uso

De acordo com o Denatran, atualmente, a última letra do alfabeto em uso no Brasil é a “O”, mas alguns Estados não utilizam seu estoque completo.

Tipos de placa


O Brasil padronizou oito tipos de placas para usos distintos. Elas são identificadas pela cor do fundo e das letras.

Quem tem mais

O Estado de São Paulo tem a maior quantidade de letras. Começou com o B e já usa até o “H”. Isso porque conta com a maior frota de veículos do Brasil.


Chapa personalizada

Alguns Estados permitem a escolha de letras e números. Em São Paulo, houve projeto para personalizar a placa mediante taxa, mas não foi aprovado.

Combinações


Considerando todas as combinações possíveis de letras e números, exceto a 0000, que não é utilizada, é possível gerar mais de 175.742.424 opções de placas.

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”