Rivais na briga pela segunda posição de vendas entre os utilitários-esportivos compactos, liderada pelo Ford EcoSport, Tracker e Duster se enfrentam nas versões topo, com câmbio automático. A opção LTZ do Chevrolet mexicano parte de R$ 79.990 e a Tech Road II do Renault paranaense, de R$ 68.200.
Nem os quase R$ 12 mil de vantagem no preço foram suficientes para garantir a vitória ao Duster. Recém-lançado no País, o Tracker venceu (a diferença foi mínima, é verdade), por ter conjunto mais moderno – principalmente o câmbio.
Com apenas quatro velocidades, ante as seis do rival, a transmissão interfere diretamente no baixo desempenho do motor 2.0 de até 142 cv do Renault. Também flexível, o 1.8 do Chevrolet gera 144 cv com etanol.
Entre os pontos positivos do Renault estão o bom espaço tanto para os ocupantes quanto no porta-malas. São 475 litros, ante 306 litros do Tracker e 362 do EcoSport.
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Em contrapartida, ao volante o Chevrolet oferece melhor posição de guiar. No Renault, encontrá-la é complicado. Faz falta o ajuste de profundidade do volante, de série no concorrente. Com isso, motoristas de baixa estatura terão dificuldade para alcançar os pedais.
A ergonomia do Tracker é melhor e os comandos na cabine são fáceis de acessar. No Duster, o botão de acionamento dos retrovisores elétricos continua mal posicionado – está sob a alavanca do freio de estacionamento. O dos vidros, por sua vez, não conta com iluminação noturna.
No Chevrolet, a câmera na traseira é de série, enquanto no Renault esse dispositivo não é oferecido nem como opcional. Por outro lado, o Chevrolet não traz indicador da temperatura do motor. Trata-se de uma falha grave. E o velocímetro digital pode não agradar a todos.
O Tracker é mais “pesado” de manter que o rival. Além de ter peças bem mais caras, o preço do seguro é, em média, 60% mais “salgado”.