O Museu Nacional do Corvette sofreu uma grande perda em fevereiro, quando uma cratera de mais de 12 metros de largura e 9 de profundidade se abriu sob parte de sua estrutura e engoliu oito preciosidades. Mas, assim como o modelo que celebra, criado nos anos 50 para “combater” os rivais europeus e que acaba de resgatar o sobrenome Stingray, com o qual virou mito, o espaço em Bowling Green, ao lado da fábrica do esportivo, ressurgiu ainda mais forte.
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Em vez de lamentar as baixas, a administração do único museu dos EUA dedicado a apenas um carro criou um espaço onde estão expostos os exemplares (ou o que restou deles) resgatados do enorme buraco. O resultado é que o número de visitantes cresceu mais de 60% e renovou a paixão americana pelo modelo, cujo nome é alusivo à corveta, ágil e veloz embarcação.
Batizado de Astro Vette, este exercício de estilo criado pelos projetistas da Chevrolet em 1968, que chama a atenção pelas belas linhas e pelo apurado senso aerodinâmico, inspirou a reestilização do carro, em 1974
Do acervo, fazem parte dezenas de “filhotes” surgidos do protótipo revelado no Salão de Nova York de 1953 e criado por artistas como o engenheiro de motores Ed Cole, o especialista em chassi Maurice Olley e o desenhista Harley Earl.
Entre as estrelas, há um exemplar de 1974 que pertenceu a Zora Arkus-Duntov, responsável pela troca do motor de seis cilindros pelo V8. O belga recebeu o apelido de “pai do Corvette”.
Dos 43 protótipos feitos em 1983 na fábrica de Bowling Green, este é o único remanescente, que foi “salvo” por um grupo de funcionários após ser desmontado. Os outros foram destruídos por ordem da GM à época
De propriedade de Henry Younger, modelo de 1960 rodou só 35 mil km, tem motor de 230 hp e câmbio de três marchas. O colecionador o comprou em 2003, o vendeu a um amigo em 2009 e o recomprou em 2013
O modelo 1967, com motor V8 de 400 cv, três carburadores e câmbio manual de quatro marchas, pertenceu a Roy Orbison, músico norte-americano autor de “Oh, Pretty Woman”, entre outros sucessos
Eis o que sobrou do Z6 Mallett Hammer Conversion, de 2001, doado por Kevin e Linda Helmintoller ao museu. Na saída do prédio há uma área onde estão expostos os restos dos carros que despencaram no buraco (abaixo)