Você está lendo...
Carros viram presentes de filhos para pais
Notícias

Carros viram presentes de filhos para pais

Confira a história de homens que passaram para a próxima geração a paixão por automóveis

10 de ago, 2014 · 5 minutos de leitura.

Publicidade

 Carros viram presentes de filhos para pais
Diego e Mauro estão restaurando Kombi de 1974

“Você está brincando. Jura que esse carro é meu?”, perguntou o arquiteto Carlos Fleury ao filho Leonardo, diante do Fusca de 1968. “Pai, é seu”, respondeu o estudante de direito, que resolveu dar o presente para celebrar o aniversário de Carlos e, ao mesmo tempo, o Dia dos Pais.

++ Siga o Jornal do Carro no Facebook
++ Família vai leiloar 20 carros nos EUA

Publicidade


O Volkswagen é uma paixão da família. Carlos teve um modelo 1972 e não escondia do filho o arrependimento por ter vendido o carro.

Leonardo conta que procurou o Fusca em anúncios por dois meses até encontrar o modelo que o agradasse. “Eu o guardei na garagem de um amigo e comecei a personalizá-lo para que ficasse a cara do meu pai.”


Os Marcos: pai e filho compartilham nome e têm o mesmo modelo de veículo (Foto: José Patricio/Estadão)

Entre as atualizações, o carro ganhou rodas americanas, interior vermelho, suspensão rebaixada e bagageiro de época. O motor também foi revisado.

A reação do funileiro Marcos Carvalho ao ganhar um Chevrolet Monza de presente foi contida, mas carregada de emoção. “Ele é reservado, não expõe muito seus sentimentos. Mas sua alegria era nítida e foi demonstrada por meio de um verdadeiro abraço de pai. Não há nada no mundo que pague isso”, conta o filho, que também se chama Marcos e é funileiro.


Ele resolveu comprar o sedã para tentar resgatar a paixão do pai por automóveis, perdida após seu Fusca 1966 de “estimação” ter sido furtado há 11 anos.

Isso porque quando Marcos (filho) comprou um Monza, em 2005, seu pai passou a cuidar do carro como se fosse dele. “Agora cada um tem o seu próprio Monza. A satisfação maior foi fazer meu pai ficar feliz”, diz. Pai e filho fazem parte do clube dedicado ao modelo.

RESGATE


O xodó do programador Mauro Carvalho era a Kombi 1986 do filho, Diogo Ferreira. Mas o radiologista teve de vender a van, o que deixou seu pai bastante chateado.

Para tentar agradar Mauro, Diego deu-lhe outra Kombi, de 1974, que à primeira vista pareceu ser um “presente de grego”. Além de estar incompleto, com várias peças faltando, o carro chegou à casa do pai guinchado.

“Fiquei muito bravo”, diz Mauro, que mudou de opinião quando começou a restaurar a VW. “Quero deixá-la bem legal. Andar com ela aos fins de semana, reunir os filhos e ir à praia.”


Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.