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GM faz mais um recall nos Estados Unidos
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GM faz mais um recall nos Estados Unidos

Problemas diversos atingem 60.575 carros vendidos entre 2004 e 2013

05 de out, 2014 · 3 minutos de leitura.

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 GM faz mais um recall nos Estados Unidos

Como se não bastassem os últimos chamados, a GM anunciou mais um recall envolvendo 60.575 carros vendidos nos Estados Unidos. Agora, os Pontiac G8 feitos entre 2008 e 2009, e os Chevrolet Caprice de polícia produzidos entre 2011 e 2013, ambos importados da Austrália. O problema está no miolo de ignição, que pode ser atingido pelo joelho do motorista, girar sozinho e desligar o carro ainda em movimento. A Holden, divisão australiana da GM, ainda trabalha na solução do problema que atinge 46.873 unidades.

Outros 10.005 Cadillac CTS-V e STS-V têm problemas no módulo da bomba de combustível, que pode superaquecer e derreter a flange de fixação, causando vazamento de gasolina. A GM vai trocar o módulo e enrijecer o material usado no tanque dos CTS-V, mas não informou se a medida também se aplica ao STS-V.

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Por fim, 304 unidades do Sonic terão os conectores dos air bags frontais trocados. A ligação da bolsa do motorista com a coluna de direção pode ser falha e fazer com que o air bag infle apenas um dos estágios programados.

Crise generalizada. Somente no primeiro semestre de 2014, a
General Motors realizou a convocação de mais de 28 milhões de veículos pelo
mundo, devido a diversos problemas.


De lá pra cá, mais algumas
milhares de unidades foram chamadas para as concessionárias, incluindo o Brasil, em
que o mais recente foi feito para os proprietários de 1.821 Chevrolet
Camaro por problemas no pino de articulação do encosto dos bancos dianteiros.

A crise deve se estender e já está nos tribunais
norte-americanos. A marca responde a um
processo pela morte de 13 motoristas devido a problemas de falha na ignição dos veículos, motivo que gerou,
inclusive, vários dos recalls desse ano.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”