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Clones chineses são cada vez mais comuns
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Clones chineses são cada vez mais comuns

Modelos de marcas consagradas são copiados sem pudores e custam cerca de um terço dos carros originais

21 de fev, 2015 · 5 minutos de leitura.

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 Clones chineses são cada vez mais comuns
Lançado no mercado brasileiro em 2013, Lifan 320 é muito parecido com o Mini Cooper

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A China, maior mercado de veículos do mundo, com 21 milhões de unidades emplacadas no ano passado, virou alvo de polêmicas no mercado automotivo. Há várias empresas do país asiático produzindo “clones” de modelos de marcas tradicionais, como BMW, Land Rover, Mercedes-Benz, Toyota, e Volkswagen, por exemplo. Alguns deles são ou serão oferecidos também no Brasil.

Um dos casos mais emblemáticos é o Lifan 320, que foi importado até meados de 2013, apesar de algumas unidades permanecerem nas lojas até 2014. O hatch é muito parecido com o Mini Cooper. A BMW, dona da marca inglesa, chegou a processar a chinesa na tentativa de suspender as vendas do Lifan, mas não obteve sucesso.

Em agosto do ano passado, mês em que deixou de figurar nas tabelas publicadas no Jornal do Carro, o 320 tinha preço sugerido de R$ 27.480. No mesmo período o One, versão de entrada da Mini, saia a R$ 76.950.


Quando foi lançado no mercado brasileiro, em setembro de 2010, o 320 chegou a fazer um relativo sucesso. Em pouco mais de três meses, emplacou quase 700 unidades.

Direitos autorais.

No exterior, cópias de carros de sucesso são cada vez mais comuns. Em novembro, a Landwind mostrou no Salão de Guangzhou o X7, “gêmeo chinês” do Land Rover Range Rover Evoque.


A empresa britânica processou a asiática. “Esse tipo de coisa é comum na China, mas não pode ficar impune. A propriedade intelectual pertence à Jaguar Land Rover, e a apropriação não autorizada é contra as regras internacionais”, informou à época, por meio de comunicado, o chefe de design da companhia, Ralf Speth.

Por enquanto, a ação não deu em nada e o X7 deve estrear no mercado europeu no mês que vem. Enquanto o Evoque parte de £ 40 mil, o Landwind deverá custar cerca de £ 14 mil.

E o X7 é cotado para vir também ao Brasil. A importadora S. Auto confirma em seu site que trará o “clone” ao Brasil neste ano, mas não informa em que mês nem por quanto.


Cópia do Land Rover Evoque (no alto), Landwind X7 (acima) deve chegar ao Brasil ainda neste ano


‘Homenagem’.

Nem mesmo modelos de alto luxo estão livres de ser copiados. Em 2009, a chinesa Geely lançou o sedã GE, nitidamente “inspirado” no Rolls-Royce Phantom. O modelo tem o mesmo visual marcante do inglês, com a enorme grade dianteira prateada ladeada por faróis retangulares. Até o “Spirit of Ecstasy”, símbolo que fica sobre o capô do modelo original, foi reproduzido.


Vice-presidente de design da Geely, Peter Horbury afirma que na China as cópias são vistas como uma homenagem feita aos criadores dos carros originais. “A visão deles é diferente, é como se o mestre ensinasse o discípulo.” Ele diz que, com o tempo, o preconceito em relação aos carros chineses vai acabar, pois sua qualidade vem aumentado gradativamente.


Até o luxuoso Rolls-Royce Phantom (no alto) ganhou réplica chinesa, o GE (acima), feito pela Geely

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Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.