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Jaguar XE é o plebeu da dinastia Jaguar
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Avaliação

Jaguar XE é o plebeu da dinastia Jaguar

Modelo de entrada da marca chega ao Brasil entre setembro e outubro por cerca de R$ 170 mil

13 de mai, 2015 · 10 minutos de leitura.

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 Jaguar XE é o plebeu da dinastia Jaguar
Em breve, carro deve passar a ser feito na fábrica de Itatiaia, no Rio de Janeiro

A
inglesa Jaguar sempre esteve associada à nobreza. Não apenas por ser uma das
marcas preferidas da família real britânica, mas também pelo emprego de
materiais sofisticados no acabamento e na atenção aos detalhes. Porém, os
tempos mudam. Desde que o príncipe Charles se uniu à plebeia Diana, nobres têm
olhado com mais carinho para os menos abastados.Com a Jaguar, ocorreu o mesmo.
Atualmente, o automóvel mais barato da marca, o XF 2.0, parte de R$ 199 mil.
Mas isso vai mudar a partir de setembro ou outubro, quando o novo XE
deve estrear no Brasil. Os preços ainda não estão definidos, mas estima-se que
o sedã partirá de R$ 170 mil.

O
plebeu da dinastia Jaguar foi avaliado na Espanha e o saldo da experiência de
dois dias e mais de 500 km ao volante é positivo. Começando pelo visual, a marca concebeu um modelo que alia modernidade e elegância. A ampla grade
dianteira e o ressalto no centro do longo capô reforçam o perfil esportivo. De
lado, o teto descendente na parte de trás confere um jeitão de cupê ao
sedã.

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Quanto
ao interior, é o que se espera de um Jaguar, mesmo que seja o mais barato
deles. O couro é de boa qualidade e as costuras são perfeitas. Andando, o sedã
também satisfaz. Ele vem para concorrer com BMW Série 3, Audi A4 e Mercedes
Classe C, mas não com as versões de entrada dos alemães, porque tende a ser
mais caro que eles.

O
Jaguar XE mais barato tem motor 2.0 turbo de 200 cv. O segundo na “linha
sucessória” é o mesmo 2.0, só que com 240 cv. Nas estradas da região basca
espanhola, ele mostrou vivacidade nas acelerações, funcionamento suave e
silêncio interno.

Em termos de comportamento, está entre o conforto do Mercedes
e a esportividade do BMW. A direção (elétrica) não é tão firme e comunicativa quanto a do Série 3, por exemplo, mas a suspensão tem ajuste um pouco mais rígido que
a do Classe C.


O
“rei” da família XE é equipado com motor 3.0 V6 supercharger, de 340 cv. Depois
do teste rodoviário com o 2.0 de 240 cv, a versão mais brava nos aguardava no
autódromo de Navarra. Ali, mostrou comportamento impetuoso, direção precisa,
freios eficientes e suspensão estável, que resulta em uma carroceria que se inclina pouco nas curvas.

Esse
motor é o mesmo que equipa o F-Type. Com ele, embora o XE seja rápido (acelera de 0 a 100 km/h em 5,1
segundos), não é páreo para o BMW M3. Porém, a Jaguar já prepara uma versão
ainda mais brava, equipada com o motor 5.0 V8 supercharger que também está F-Type – no caso, o mais nervoso.

Em
comum, as duas motorizações têm injeção direta de combustível e ambas vêm com
câmbio automático de oito marchas da ZF. A tração é sempre na traseira. Com
essa combinação, a 160 km/h o 2.0 trabalha a apenas 2.800 rpm, ou a 2.600 rpm
no caso do 3.0.


Rotação baixa resulta não apenas em economia de gasolina, mas
também em silêncio. A sensação, a 160 km/h, é a de se estar a 100 km/h. A
“alavanca” na verdade nem é uma alavanca: trata-se do mesmo seletor giratório
usado nos modelos da Jaguar e Land Rover. Para mudar manualmente as marchas,
basta acionar as borboletas atrás do volante.

Uma
das qualidades invisíveis do sedã inglês é a estrutura composta por 75% de
alumínio, sendo que boa parte desse material é reciclado. O alumínio garante
rigidez torcional da carroceria, além de leveza. Aliás, a economia de peso foi
tanta que a marca optou por fazer portas e tampa traseira de aço, para melhorar
a distribuição de peso, e deixar o carro com cerca de 50% em cada eixo.

A
aerodinâmica é a melhor já obtida por um Jaguar e está entre as melhores da
categoria (Cx 0,26). Afinal, a “briga” aqui não deve ser com o ar, e sim com os
alemães. E eles vêm em turma.


Embora os executivos da marca desconversem, há
possibilidade de o Jaguar XE ser o segundo veículo a ser produzido
no Brasil, na fábrica que o grupo Jaguar Land Rover está erguendo em Itatiaia,
na região sul fluminense. O primeiro será o Discovery Sport, e deverá começar a
ser produzido no primeiro semestre do ano que vem. O segundo começará a
ser montado no final de 2016.

Com um utilitário-esportivo e um sedã de luxo, o
grupo inglês (sob controle da indiana Tata) estaria representada em dois
segmentos que têm demonstrado grande potencial de crescimento, apesar da crise
geral no mercado de veículos.

FICHA TÉCNICA


JAGUAR XE 2.0

Preço estimado – R$ 170 mil
Motor – 2.0 turbo, 4 cilindros, 16V, a gasolina
Potência – 200 cv a 5.500 rpm
Torque – 28,5 mkgf a 1.750 rpm
Câmbio – Automático, oito marchas
0 a 100 km/h – 7,7 segundos
Velocidade máxima – 237 km/h
Comprimento – 4,67 metros
Entre-eixos – 2,83 metros
Porta-malas – 450 litros
Peso – 1.602 quilos

JAGUAR XE 2.0 (240)


Motor – 2.0 turbo, 4 cilindros, 16V, a gasolina
Potência – 240 cv a 5.500
Torque – 34,7 mkgf a 1.750 rpm
0 a 100 km/h – 6,9 segundos
Velocidade máxima – 250 km/h (limitada eletronicamente)

JAGUAR XE 3.0

Motor – 3.0 com compressor mecânico, V6, 32V, a gasolina
Potência – 340 cv a 6.500 rpm
Torque – 45,9 mkgf a 4.500 rpm
0 a 100 km/h 5,1 segundos
Velocidade máxima – 250 km/h (limitada eletronicamente)


FONTE: JAGUAR


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Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.